EUA: crítico de Trump, líder republicano no Senado diz que deixará cargo
Assessores de Mitch McConnel afirmaram que a saúde do político de 82 anos não foi motivo para sua saída do Congresso
Mitch McConnell, o líder republicano no Senado dos Estados Unidos mais longevo da história, anunciou nesta quarta-feira, 28, que vai deixar o cargo em novembro. Apesar das especulações sobre a saúde do político de 82 anos, os assessores de McConnell afirmaram que o afastamento não está relacionado à sua condição física ou mental.
“Um dos talentos mais subestimados da vida é saber quando é hora de passar para o próximo capítulo”, disse McConnell. “Portanto, estou diante de vocês hoje para dizer que este será meu último mandato como líder republicano no Senado.”
Saúde e “congelamentos”
Ao longo do ano passado, o republicano demostrou fragilidade na saúde durante algumas entrevistas. Em coletivas de imprensa, em duas ocasiões diferentes, McConnel “congelou” – interrompeu o discurso e começou a encarar o vazio por vários segundos – enquanto conversava com repórteres. Em ambas vezes, ele precisou se retirar do evento em seguida.
Na época, seus assessores afirmaram que o político se sentiu tonto e precisou dar uma pausa nas entrevistas. Além disso, reiteraram que ele estava bem de saúde.
Oposição a Trump
O líder republicano é objeto de reportagens e especulações a respeito de seu apoio à nova candidatura do ex-presidente americano Donald Trump à Casa Branca em 2024. Desde o fatídico 6 de janeiro de 2021, quando os apoiadores de Trump invadiram e vandalizaram o Capitólio, sede do Congresso americano, os dois estão em desacordo.
Apesar de McConnell ter votado a favor da absolvição de Trump no seu (segundo) processo de impeachment, ele continuou a direcionar fortes críticas ao ex-presidente. Agora, todos os membros do círculo político do líder do Senado endossaram a nova corrida eleitoral trumpista – exceto ele.
O líder do Senado mais longevo da história americana entrou para o Congresso em 1985. Anos depois, antes de chegar ao Senado, foi eleito para liderar os republicanos na Câmara, em 2006. Ele também foi o líder da maioria (quando o Partido Republicano controlava o Senado) de 2015 a 2021, lidando com toda administração de Trump.