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EUA criticam posicionamento de tropas ucranianas e ataques contra Rússia

Investida com drone atingiu prédio em Moscou pela sexta noite consecutiva, nesta quarta-feira

Por Da Redação
Atualizado em 23 ago 2023, 11h48 - Publicado em 23 ago 2023, 11h36
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  • Em meio à sexta noite consecutiva de ataques aéreos ucranianos contra partes de Moscou, no início desta quarta-feira, 23, um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que os Estados Unidos não encorajam ataques dentro da Rússia. Apesar disso, cabe à Ucrânia decidir como escolhe se defender da invasão iniciada em fevereiro do ano passado, segundo o porta-voz.

    A operação com drones coincide com a contraofensiva que a Ucrânia iniciou em junho para retomar territórios ocupados. Apesar de Kiev citar avanços táticos, autoridades dos Estados Unidos e de outros países ocidentais dizem que as forças ucranianas enfrentam dificuldades para romper as defesas do inimigo porque concentram muitas tropas – incluindo algumas de suas unidades de elite – em lugares errados.

    + Ataque com drone atinge prédio em Moscou pela sexta noite consecutiva

    Ao New York Times, uma autoridade americana, que falou sob condição de anonimato, disse que apenas uma mudança tática expressiva pode mudar o ritmo da contraofensiva. Hoje, o principal objetivo da contraofensiva é cortar linhas de abastecimento russas no sul da Ucrânia, o que exigiria romper a ponte sobre o estreito de Kerch, que liga a Rússia e a Crimeia. Em vez disso, Kiev dividiu tropas e poder de fogo entre o leste e o sul quase nas mesmas proporções.

    No início desta semana, a Ucrânia disse ter penetrado ao menos uma das camadas das defesas russas no sul do país, chegando perto de controlar Robotyne, uma ila perto de uma linha de combatentes russos. O progresso, segundo analistas ouvidos pelo NYT, pode ser insuficiente e tarde demais.

    A vila é caminho para Tokmak, um importante centro rodoviário e ferroviário tomado por Moscou. Segundo autoridades ucranianas, a retomada de Tokmak seria um trunfo para o governo de Volodymyr Zelensky, que visa alcançar o Mar de Azov, crucial para o translado de cereais e aço produzidos ao leste do país. O estreito já havia sido, inclusive, palco de tensões entre Rússia e Ucrânia em 2018, quando forças russas detiveram três navios ucranianos sob a alegação de que teriam invadido suas águas.

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    + Contraofensiva ucraniana avança em vila estratégica ao sudeste do país

    Do outro lado, em território russo, segue a todo vapor a campanha de ataques com drones contra a capital. Kiev tenta evidenciar sua capacidade de atingir Moscou e trazer a guerra para perto das elites russas, bem como de outros que tentam ignorar a invasão à Ucrânia.

    Embora os ataques de drones a Moscou tenham ocorrido quase diariamente nas últimas semanas, eles causaram poucos danos e nenhuma vítima. No entanto, criaram caos no transporte, já que os principais aeroportos da capital russa sempre são forçados a suspender voos de partida e chegada mediante explosões.

    A Ucrânia normalmente não assume a responsabilidade pelos ataques em território russo, embora as autoridades de Kiev celebrem os incidentes com comentários enigmáticos. No mês passado, Zelensky disse que investidas em território russo eram um “processo inevitável, natural e absolutamente justo” da guerra entre os dois países.

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