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EUA aumentam segurança em aeroportos por surto de coronavírus na China

Governo americano espera que 5.000 moradores da cidade afetada pelo vírus desembarquem nos próximos dias; doença matou dois e pode ter infectado 1.700

Por Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 15h04 - Publicado em 18 jan 2020, 18h35
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  • Os aeroportos internacionais em Nova York, Los Angeles e São Francisco começaram neste sábado, 18, a implementar um processo de triagem a passageiros provenientes da cidade de Wuhan, na China, palco de um surto de uma mutação misteriosa do coronavírus que já matou duas pessoas e infectou, segundo estimativas, outras 1.700. A doença também já chegou ao Japão.

    De acordo com as autoridades, 65.000 moradores Whuan vão aos Estados Unidos por ano e para os próximos dias são esperados que 5.000 desembarquem nos três aeroportos que serão fiscalizados por 100 funcionários do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) devido a um feriado nacional na China, o Ano Novo Lunar.

    O surto da doença se concentra em um mercado de peixes na cidade de Whuan. Oficialmente, o governo chinês divulgou que apenas 45 pessoas foram infectadas, enquanto um relatório independente afirma que 1.723 pessoas podem ter sido atingidas pelo vírus.

    O relatório do centro de pesquisas da Imperial College de Londres, instituição que também presta assessoria para a Organização Mundial da Saúde (OMS), leva em conta todos os casos divulgados até o dia 12 de janeiro. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores usaram a quantidade de casos detectados até agora fora da China – dois na Tailândia e um no Japão – para deduzir um número provável de pessoas infectadas em Wuhan.

    “Para que Wuhan exporte três casos para outros países, deve haver muito mais casos do que os anunciados”, disse à emissora britânica BBC o professor Neil Ferguson, um dos autores do estudo. “Estou muito mais preocupado do que há uma semana”, afirmou.

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    O surto aumenta a preocupação, após a morte, na China, de um segundo paciente, um homem de 69 anos que adoeceu em 31 de dezembro e cujo estado de saúde agravou-se cinco dias depois. Autoridades locais garantiram à população que o risco de transmissão do vírus entre humanos “não está descartado”, mas é considerado “muito baixo”. Até agora, as viagens internas na China não foram alvo de nenhuma restrição sanitária.

    O quadro atual alimenta os temores de ressurgimento de um vírus semelhante ao da Sars, altamente contagioso e que provocou a morte de cerca de 650 pessoas na China continental e em Hong Kong entre 2002 e 2003.

    (Com Agência Brasil e AFP)

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