Os alunos da escola rural para professores, a mesma dos 43 estudantes que desapareceram em setembro, anunciaram nesta quarta-feira que farão uma caravana nacional de protesto e para informar a população sobre a situação no Estado de Guerrero, no sul do México. O estudante Omar García informou em entrevista coletiva na Escola Normal Rural de Ayotzinapa que a caravana, que também contará com familiares dos desaparecidos e organizações civis, se dividirá a partir desta quinta-feira em três contingentes distintos para percorrer os Estados do norte e do sul do país, e o próprio Estado de Guerrero.
Os três grupos se encontrarão na Cidade do México no dia 20 de novembro, data em que é lembrada a Revolução Mexicana, disse García. O desparecimento dos estudantes acabou gerando manifestações violentas em todo o país. O Conselho Coordenador Empresarial (CCE) de Guerrero informou que os prejuízos causados pelos protestos foram superiores a 55 milhões de pesos (cerca de 10 milhões de reais).
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A equipe forense independente afirmou ontem que as análises feitas nos cerca de 30 corpos, encontrados em valas clandestinas na cidade Iguala, determinaram que os restos não são dos estudantes desaparecidos. “É uma luz de esperança para os parentes e para todo o México”, opinou José Alcaraz, dirigente do movimento que realizou uma marcha de protesto de Iguala, cidade onde os estudantes desapareceram, à Cidade do México.
Áustria – Apesar da esperança de que os estudantes estejam vivos, a PGR do México informou nesta terça-feira que os restos humanos encontrados no município de Cocula, no Estado de Guerrero, serão enviados nesta quarta à Universidade de Innsbruck, na Áustria, para que sejam analisados. Em comunicado, a PGR também informou que os resultados emitidos hoje pela equipe independente de legistas sobre os primeiros 30 corpos são coincidentes com os resultados da perícia oficial e não são dos estudantes.
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(Com agência EFE)