Um vídeo de 39 segundos mostra que o estudante Roberto Laudisio Curti foi atingido por mais disparos de arma Taser quando já estava algemado e imobilizado no chão por cinco policiais. Por duas vezes se ouve o estudante gritando por socorro. As imagens foram exibidas em audiência do inquérito que investiga a morte de Curti em Sydney, na Austrália.
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O vídeo também mostra o joelho de um policial apoiado no corpo do estudante, enquanto se ouvem ordens e risadas dos colegas. Um agente aplica cinco descargas do tipo “drive stun” (quando a arma é acionada em contato direto com o corpo da vítima). A coroner (espécie de juíza de instrução) Mary Jerram disse que, por causa da força das imagens, não vai divulgar o vídeo.
O policial que disparou o último choque da Taser, Chin Aun Lim, admite que “vendo o vídeo, parece que ele está algemado e eu não atiraria se soubesse”, mas insiste que não viu as algemas e em sua memória continuava achando que Roberto empurrava os policiais. Domingos Laudisio, o tio do estudante que acompanha o depoimento na Austrália, chegou a se exaltar no tribunal. No fim da sessão, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que os policiais australianos são “completamente mentirosos”.
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Drogas – Durante o depoimento do psiquiatra Jonathan Phillips foi revelado que o estudante também consumiu maconha, tequila, uísque e cerveja na noite em que dividiu um comprimido de LSD com dois amigos e acabou morto. O depoimento do especialista era muito aguardado porque vários casos de morte envolvendo o uso de tasers são justificados pelo fato de a vítima estar delirando. Phillips descartou essa hipótese, explicando que Curti “estava em um mundo próprio, com medo e queria apenas fugir”. “Nada sugere que procurasse violência”, afirmou.
(Com Agência Estado)