‘Estamos dispostos a lutar pelas Malvinas’, afirma Cameron
Primeiro-ministro destacou o poder militar de seu país e disse que poderia usá-lo em uma nova disputa com a Argentina, caso fosse necessário
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou neste domingo que a Grã-Bretanha estaria disposta a lutar novamente, se necessário, para conservar sua soberania sobre as Ilhas Malvinas. “Nossa determinação é extremamente forte”, disse Cameron ao canal de televisão BBC1.
As Ilhas Malvinas – Falkland, em inglês – ficam a cerca de 500 quilômetros do litoral argentino, mas são administradas e ocupadas pela Grã-Bretanha desde 1883. Por isso, o arquipélago sempre foi motivo de tensão entre os dois países, que entraram em guerra em 1982. Derrotada em dois meses de conflito, a Argentina se rendeu e os britânicos seguiram como donos do território onde vivem hoje cerca de 3.000 pessoas. Recentemente, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu reclamar novamente a soberania sobre a ilha, o que reacendeu o clima de tensão entre as duas nações.
Cameron lembrou que seu país possui um dos cinco maiores orçamentos de Defesa do mundo e que pode se mobilizar para defender as ilhas. “É absolutamente primordial que tenhamos aviões de caça e tropas mobilizados nas Falkland”, afirmou.
Leia também:
Leia também: Argentina mira o exemplo da China para resgatar Malvinas
O 30º aniversário do conflito, em 2012, foi marcado por uma escalada verbal entre Buenos Aires e Londres. Desde então, a Argentina vem denunciando uma militarização britânica da zona e a exploração de possíveis recursos petrolíferos.
Na última quinta-feira, Cristina Kirchner publicou uma carta aberta na imprensa britânica na qual exigiu do primeiro-ministro David Cameron a devolução das disputadas ilhas e acusou o Reino Unido de colonialismo. Cameron minimizou imediatamente a carta e afirmou que os moradores das Malvinas terão em breve a chance de decidir se desejam ou não permanecer sob a soberania da Grã-Bretanha, em um referendo previsto para o início de março.
(Com agência France-Presse)