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Mulher de Juan Guaidó denuncia ataque contra o líder opositor em Caracas

Fabiana Rosales está nos Estados Unidos, onde se encontrará com o vice-presidente Mike Pence e com Melania Trump

Por Da Redação
Atualizado em 27 mar 2019, 11h09 - Publicado em 27 mar 2019, 10h18

Fabiana Rosales, mulher do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, denunciou nesta terça-feira 26 um ataque contra o líder opositor em Caracas, no qual armas teriam sido apontadas e gás lacrimogêneo lançado contra seu veículo.

“São atentados contra sua vida e sua integridade física. Denunciamos mais uma vez que tentam acabar com Juan Guaidó”, disse Rosales em Nova York. A mulher do líder opositor realiza uma viagem por vários países do continente americano.

De acordo com Fabiana, seu marido foi atacado na terça quando saía do Parlamento em Caracas — ele é presidente da Assembleia Nacional venezuelana.

A mulher de Guaidó garantiu que já havia acontecido anteriormente ataques contra membros do Legislativo por parte de coletivos armados que apoiam o governo de Nicolás Maduro.

“Foi muito grave, muito lamentável o ocorrido hoje, poderia ter terminado em uma tragédia”, afirmou Rosales na porta Igreja de Santa Teresa, em Manhattan, onde foi celebrada uma missa pela Venezuela.

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No local, a mulher de Guaidó aproveitou para se reunir com membros da comunidade venezuelana em Nova York.

Ela declarou ainda que tinha conseguido falar seu marido após o ataque: “Ele pediu que eu ficasse tranquila. Sempre me diz para que fique tranquila”.

Rosales chegou a Nova York depois de passar por Chile e Peru. Nesta quarta-feira, 27, se reunirá em Washington com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Além disso, se encontrará na quinta-feira, 28, com a primeira-dama americana, Melania Trump.

Ataques contra jornalistas

O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) denunciou que pelo menos dez jornalistas foram agredidos e roubados nos arredores da Assembleia Nacional, em Caracas, por grupos violentos que se identificaram como simpatizantes do governo chavista na terça.

“Por mais de duas horas, os jornalistas sofreram o assédio de grupos civis, em alguns casos armados, que puderam fazer isso impunemente diante do olhar da Guarda Nacional Bolivariana”, disse o secretário-geral do SNTP, Marco Ruiz.

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Ruiz explicou que os coletivos, como são chamados os grupos sociais de apoio ao chavismo, ainda roubaram dois motoristas que trabalhavam para as agências Reuters e Associated Press.

“Os coletivos assaltaram o carro da equipe da TV Venezuela e da Vivo Play. No meio do ataque, cercaram outro veículo que transitava perto da Assembleia Nacional. E também tentaram agredir um jornalista da NTN24”, indicou o sindicato no Twitter.

“Depois de quase duas horas sob o assédio e a ameaça dos coletivos, os jornalistas que cobrem o parlamento conseguiram sair do Palácio Legislativo”, indicou posteriormente o SNTP.

Na sessão de terça, os deputados discutiram o apagão que afeta desde segunda quase todo o país. O chefe da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 50 países, culpou Maduro pela nova crise no sistema elétrico.

(Com EFE)

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