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Especialistas que examinaram Anders Breivik na prisão descartam psicose

Copenhague, 11 jun (EFE).- Vários especialistas que examinaram o terrorista ultradireitista Anders Behring Breivik descartam que o autor confesso dos atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega, no qual morreram 77 pessoas, sofra de psicoses ou outra alteração mental grave que o impeça de ser considerado penalmente responsável por seus atos. A psiquiatra […]

Por Da Redação
11 jun 2012, 14h36
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  • Copenhague, 11 jun (EFE).- Vários especialistas que examinaram o terrorista ultradireitista Anders Behring Breivik descartam que o autor confesso dos atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega, no qual morreram 77 pessoas, sofra de psicoses ou outra alteração mental grave que o impeça de ser considerado penalmente responsável por seus atos.

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    A psiquiatra Maria Sigurjonsdottir, que dirigiu a equipe de 18 pessoas do Hospital de Dikemark que observaram o extremista na prisão durante três semanas, revelou que na reunião final, apenas um de seus membros tinha dúvidas sobre o diagnóstico, enquanto os outros rejeitaram que sofresse de alguma psicose.

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    Breivik não mostrou nenhum sintoma de alucinações: raciocinou de forma coerente e equilibrada e, embora tenha tentado convencer a equipe de suas ideias radicais, mostrou-se compreensivo com sua rejeição, explicou a médica, segundo a emissora de televisão pública ‘NRK’.

    O atirador também não mostrou as limitações comunicativas nem os tiques nervosos próprios de quem é portador da síndrome de Asperger ou de Tourette, dois transtornos neurológicos com os quais outro psiquiatra, que só o observou no julgamento, diagnosticou-o na semana passada.

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    A psiquiatra qualificou de ‘muito pequenas’ as possibilidades de Breivik, que deu mostras de humor e riu nas entrevistas, tenha sintomas ocultos de uma hipotética doença mental grave.

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    Maria descartou também a teoria do primeiro relatório psiquiátrico, no qual Breivik foi considerado um esquizofrênico não penalmente responsável, que teria começado a adoecer em 2006, alegando que nesse caso seriam detectados sintomas de psicoses durante a observação.

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    Outros três membros da equipe de Dikemark respaldaram no tribunal a conclusão, que fez parte do segundo relatório psiquiátrico e só diagnostica Breivik com alterações de personalidade e o considera penalmente responsável.

    O diagnóstico prévio também foi descartado por dois especialistas que o examinaram na prisão desde o princípio, entre eles Eirik Johannesen, do hospital de Bærum.

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    Johannesen disse estar ‘absolutamente convencido’ de que Breivik é penalmente responsável e ressaltou que equipes de saúde mental estiveram controlando-o nos dez meses que passou na prisão de Ila (a oeste de Oslo) sem ter encontrado sintomas.

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    Suas ideias extremas não são produto de delírio, mas se enquadram em uma ideologia de extrema-direita, sustentou o psicólogo, que defende que Breivik tenta representar um personagem e isso pode levar a crer que sofra de algum transtorno grave.

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    Em consonância com todos os especialistas que depuseram hoje, Johannesen não deu muita importância à suposta rede de ‘Cavalheiros Templários’ da qual Breivik diz fazer parte, e acredita que o acusado minta para parecer mais interessante e gerar medo.

    A nona semana do julgamento do terrorista estará centrada nas declarações dos profissionais que o examinaram e será determinante para resolver a questão central do processo: se Breivik é penalmente responsável e, portanto, se irá à prisão ou internado em um hospital psiquiátrico. EFE

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