Espanha: suspeitos de atentados terroristas comparecem à Justiça
As audiências vão ocorrer a portas fechadas e todos os suspeitos têm o direito de ficar calado
Por Da redação
Atualizado em 22 ago 2017, 11h30 - Publicado em 22 ago 2017, 10h38
Os quatro suspeitos presos acusados de pertencer a uma célula terrorista responsável pelos dois atentados que deixaram 15 mortos na Catalunha foram levados nesta terça-feira ao tribunal em Madri para serem interrogados.
Os outros oito integrantes do grupo morreram, seis deles abatidos pela polícia e dois em uma explosão acidental em uma casa de Alcanar (200 km ao sul de Barcelona), onde fabricavam explosivos para outros ataques.
Os detidos, Driss Oukabir, Mohammed Aallaa, Mohamed Houli Chemlal e Salh El Karib, foram levados em camburões da Guarda Civil escoltados por carros da polícia.
As audiências vão ocorrer a portas fechadas, sem acesso da imprensa. Todos os suspeitos têm o direito de permanecer calados diante das perguntas dos promotores. Depois dos interrogatórios, o juiz deve determinar quais acusações apresentará contra os acusados pelos atentados.
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Último acusado
O marroquino Younes Abouyaaqoub, suspeito de ser o motorista que atropelou a multidão em Barcelona, foi morto na segunda-feira em uma ação policial. Alvo de uma caçada humana desde quinta-feira, Abouyaaqoub, de 22 anos, morreu 50 km a oeste da capital catalã, depois de ser visto por dois policiais em uma estação de trem.
Quando foi confrontado, o suspeito abriu o casaco e usava um cinturão com falsos de explosivos, segundo o chefe da polícia catalã, Josep Lluis Trapero. Abouyaaqoub gritou “Alá é grande” antes de ser morto.
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Quatro dias após os ataques, as 15 vítimas fatais, sete mulheres e oito homens, foram identificadas: são cinco espanhóis, entre eles uma criança de três anos, um hispano-argentino, três italianos, dois portugueses, um belga, um americano, um canadense e um menino australiano-britânico de sete anos.
Continuam hospitalizadas 48 pessoas, das quais oito estão em situação crítica e 12 em estado grave, segundo o último balanço da Proteção Civil na Catalunha.
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