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Escalada de tensão em Gaza após acordo entre Israel e países do Golfo

Israel bombardeou áreas palestinas depois que terroristas lançaram foguetes em protesto ao pacto firmado com a colaboração dos Estados Unidos

Por Da Redação
Atualizado em 16 set 2020, 10h35 - Publicado em 16 set 2020, 10h20
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  • Israel bombardeou nesta quarta-feira, 16, a Faixa de Gaza, em represália aos foguetes lançados a partir do território palestino. A tensão na região aumenta poucas horas após a assinatura dos acordos de normalização das relações israelenses com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein nos Estados Unidos.

    O exército israelense anunciou que 13 foguetes foram lançados nesta quarta-feira, além de outros dois na terça-feira à noite, a partir da Faixa de Gaza, o território palestino de dois milhões de habitantes que está sob controle do Hamas e submetido a um bloqueio israelense. Dos 15 projéteis, nove foram interceptados.

    Após os ataques e as represálias, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o movimento palestino Hamas trocaram acusações e advertências. “Não me surpreende que os terroristas palestinos tenham disparado contra Israel justamente no momento desta cerimônia histórica. Querem impedir a paz, mas não conseguirão”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quando embarcava no voo de retorno de Washington.

    “Atacaremos todos os que tentam provocar danos e vamos estender a mão da paz a todos os que nos estendem a mão para fazer a paz”, completou.

    O movimento islamita advertiu Israel contra a nova escalada militar. “A força de ocupação vai pagar o preço de qualquer agressão contra nosso povo ou locais de resistência”, afirmou o braço armado do Hamas, que prometeu “aumentar a resposta à medida” que o Estado hebreu “persistir com a agressão”.

    Os primeiros foguetes foram lançados na terça-feira à noite contra o território israelense por ocasião da assinatura, em Washington, dos acordos de normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Nesta quarta-feira, novos disparos foram registrados, seguidos por bombardeios israelenses.

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    O exército de Israel anunciou que, em uma série de bombardeios, aviões de combate e helicópteros apontaram contra alvos do Hamas, como “um local de fabricação de armas e explosivos, um complexo utilizado para lançar foguetes e uma infraestrutura subterrânea”.

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    Acordos em Washington

    Na terça-feira à noite, um dos foguetes atingiu a cidade de Ashdod, situada entre Gaza e Tel Aviv, de acordo com os serviços de emergência, que citaram duas pessoas levemente feridas.

    Os lançamentos de foguetes coincidiram com a cerimônia de assinatura, na Casa Branca, dos acordos de normalização das relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Em Washington, o presidente americano, Donald Trump, citou um “novo Oriente Médio” e Netanyahu considerou que os acordos poderiam “acabar com o conflito árabe-israelense de uma vez por todas”.

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    Mas a Jihad Islâmica, segundo grupo armado da Faixa de Gaza depois do Hamas, afirmou em um comunicado, divulgado pouco depois do lançamento dos foguetes, que os acordos “injustos empurrarão as forças da resistência a continuar com a jihad”.

     

     

    “Não haverá paz, segurança ou estabilidade para ninguém na região sem o fim da ocupação e (sem) o respeito dos plenos direitos do povo palestino”, afirmou o líder da Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia ocupada, Mahmud Abas, em um comunicado.

    O movimento Hamas, no poder em Gaza desde 2007, multiplicou em agosto os lançamentos de balões incendiários e de foguetes a partir do território contra Israel, que respondeu com bombardeios noturnos contra posições do grupo armado. Apesar da tensão, os dois lados chegaram a um acordo há algumas semanas, com a mediação do Catar, para cessar as hostilidades e retomar uma frágil trégua.

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    As facções palestinas convocaram manifestações na terça-feira para denunciar os acordos de normalização, mas apenas centenas de pessoas participaram nos protestos, tanto na Cisjordânia ocupada como em Gaza.

    (Com AFP)

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