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Equador reduz preço de combustíveis em concessão a manifestantes

Após uma reunião com grupos indígenas, que lideram protestos há duas semanas, o presidente Guilhermo Lasso concordou em atender a demanda

Por Da Redação
27 jun 2022, 08h42
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  • O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou que vai reduzir os preços da gasolina e do diesel em 10 centavos por galão. A decisão anunciada na noite de domingo 26 é a mais recente concessão para tentar encerrar quase duas semanas consecutivas de protestos contra o governo, nos quais pelo menos seis pessoas morreram.

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    As manifestações lideradas pelo movimento indígena exigem a redução do preço de combustíveis e de alimentos, entre outras demandas. O país está em greve desde o dia 13 de junho e, com protestos às vezes violentos, reduziu a produção de petróleo do Equador.

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    Lasso, cuja relação já difícil com a Assembleia Nacional piorou durante os protestos, já tinha concedido a diminuição de medidas de segurança – o país anunciou um estado de exceção antes da greve –, anunciado subsídios para fertilizantes e perdão de dívidas.

    A decisão sobre os combustíveis ocorreu após uma reunião do governo com grupos indígenas. O líder da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), Leonidas Iza, prometeu manter as manifestações até que os preços da gasolina fossem reduzidos.

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    “Todos consideram que os preços da gasolina se tornaram a pedra angular da manutenção do conflito e, embora nós, como governo, tenhamos muita clareza de que esse fator não é a origem dos problemas dos equatorianos, devemos pensar no bem comum e na paz dos cidadãos”, disse Lasso.

    “Decidi reduzir o preço da gasolina extra e Ecopais (gasolina) em 10 centavos por galão e também do diesel em 10 centavos por galão”, disse Lasso.

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    Lasso congelou os preços da gasolina extra em US$ 2,55 o galão e do diesel em US$ 1,90 o galão em outubro do ano passado, desencadeando uma série inicial de protestos. A gasolina extra agora custará US$ 2,45 por galão, enquanto o diesel custará US$ 1,80, ambos ainda mais altos do que a Conaie havia solicitado.

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    A produção de petróleo do Equador caiu mais da metade por causa de bloqueios de estradas e vandalismo ligados aos protestos, segundo o Ministério da Energia.

    “A produção de petróleo está em um nível crítico. Hoje os números mostram uma redução de mais de 50%”, comunicou a pasta. “Em 14 dias de manifestações, o Estado equatoriano deixou de receber cerca de US$ 120 milhões”.

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    O vandalismo, a tomada de poços de petróleo e o fechamento de estradas impediram o transporte de suprimentos necessários, disse o ministério. Antes dos protestos, a produção de petróleo era de cerca de 520 mil barris por dia.

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    O setor público de petróleo, produtores privados de flores e laticínios, turismo e outros negócios perderam cerca de US$ 500 milhões, de acordo com o Ministério da Produção. Moradores de Quito reclamaram da falta de produtos e Lasso disse no domingo que os hospitais da cidade de Cuenca estavam sofrendo com a falta de oxigênio.

    A Conaie registrou cinco mortes de manifestantes, enquanto o governo diz que quatro civis morreram durante os protestos e dois morreram em ambulâncias atrasadas por bloqueios de vias.

    Os legisladores continuaram o debate no domingo sobre um esforço para remover Lasso do cargo. No entanto, tudo indica que os grupos de oposição não têm o apoio necessário para fazer isso.

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