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Protestos crescem e Equador tem estradas bloqueadas e dezenas de presos

Manifestantes estão insatisfeitos com as políticas econômicas do presidente, Guilllermo Lasso

Por Ernesto Neves
Atualizado em 27 out 2021, 18h16 - Publicado em 27 out 2021, 17h48

Ao menos 37 manifestantes foram presos no Equador desde a última quarta-feira (26), quando sindicatos e lideranças indígenas do país organizaram uma greve geral contra a carestia no custo de vida.

Os manifestantes foram às ruas protestar contra as políticas econômicas do presidente, o ex-banqueiro Guillermo Lasso.

Durante a marcha na capital, Quito, o Palácio Presidencial chegou a ser cercado pelos manifestantes, e houve confronto nos arredores.

Lideranças indígenas estão organizando marchas em várias cidades do país, assim como bloqueios nas estradas. Eles exigem que o presidente cancele o aumento no custo dos combustíveis anunciados na última semana.

Lasso, que assumiu o cargo em maio, cancelou recentemente um tarifaço sobre a gasolina, que tinha como objetivo alinhar os preços do país aos mercados internacionais.

Em vez disso, o líder conservador optou por reajustar  o litro da gasolina extra, combustível mais usado do Equador, para US$ 2,55 o galão, e o diesel para US$ 1,90 o galão.

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Lideranças indígenas protestam no centro de Quito, capital do Equador
Lideranças indígenas protestam no centro de Quito, capital do Equador (Getty/Getty Images)

Sindicados e líderes de movimentos sociais, porém, exigem que o presidente faça um congelamento de tarifas.

Eles também pedem custos mais baixos para setores da economia mais afetados pela crise do covid-19. 

“Há poucos dias, o presidente me classificou como um agitador”, disse Leonidas Iza, presidente da Confederação das Nacionalidades Indígenas (CONAIE) a jornalistas locais.

“Nós equatorianos não temos tempo para isso. Estamos todos preocupados com as questões econômicas’,  afirmou.

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Nos cinco meses em que está à frente do cargo, Lasso coleciona crises em série. O país enfrenta uma sangrenta guerra de gangues no sistema prisional, que já matou ao menos 116 pessoas.

Para tentar conter a onda de violência, o líder decretou estado de emergência com duração de 60 dias. A medida, garante ele, permitirá o uso das Forças Armadas para o patrulhamento de pontos críticos. 

Lasso também enfrenta problemas relacionados às revelações de uma conta offshore pela investigação conhecida como Pandora Papers.

Ele não apareceu a uma sessão convocada pelo Comitê Legislativo que investiga o caso marcada na semana passada.

A Procuradoria-geral iniciou uma investigação sobre as contas do presidente.

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Estradas bloqueadas em protesto contra a carestia no Equador
Estradas bloqueadas em protesto contra a carestia no Equador (Getty/Getty Images)
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