Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Entre gafes e crises: o giro de Trump pela Ásia

Da queda do primeiro-ministro japonês a uma tensão diplomática em um jantar, viagem do americano pelo continente é marcada por acontecimentos inesperados

Por Gustavo Silva Atualizado em 4 jun 2024, 19h39 - Publicado em 10 nov 2017, 18h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A agenda de Donald Trump em seu primeiro giro oficial pela Ásia foi marcada por conversas centradas em assuntos econômicos e sobre a crise com a Coreia do Norte. Contudo, a viagem do chefe da Casa Branca não se resumiu apenas a reuniões políticas com os mandatários de Coreia do Sul, Japão e China, além de uma participação do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec). Para além dos encontros formais, o presidente americano pôde curtir momentos mais descontraídos, que resultaram em episódios curiosos, gafes e até mesmo uma pequena crise diplomática entre seus anfitriões.

    Carpas da discórdia 

    Como parte do ritual de boas-vindas à visita de Trump ao palácio de Akasaka, o presidente americano foi convidado por seu par japonês, Shinzo Abe, a alimentar as carpas do local. Munido de uma caixa de madeira com ração, Trump atirou, com o auxílio de uma colher, pequenas doses, mas, pouco depois, despejou de uma vez, sem nenhuma cerimônia, todo o alimento em um único ponto. A atitude atraiu crítica nas redes sociais – carpas, informa o jornal britânico The Independent, podem ficar doentes e até morrer com o excesso de comida.

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alimenta carpas ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no Palácio Akasaka, em Tóquio - 06/11/2017
    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alimenta carpas ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no Palácio Akasaka, em Tóquio – 06/11/2017 (Jonathan Ernst/Reuters)

    A queda de Abe

    A viagem de Trump ao Japão também foi pontuada por uma partida de golfe com o presidente Abe. O que mais chamou a atenção no jogo, contudo, não foram as habilidades do chefe da Casa Branca no esporte. A rede local TV Tokyo registrou o momento em que, após uma tacada em um banco de areia, Abe tropeçou ao tentar voltar ao campo e caiu, quase dando uma cambalhota para trás. Aparentemente, Trump sequer se deu conta do incidente. Ao que tudo indica, felizmente o mandatário japonês, de 63 anos, não se feriu no incidente.

    Continua após a publicidade

    Hambúrguer no Japão

    Sushi, sashimi, lamen? Esqueça as iguarias tradicionais japonesas. Depois de jogar golfe com Shinzo Abe, o almoço do chefe da Casa Branca foi o prato mais americano possível: hambúrguer. O chefe responsável pelo cardápio, Yutaka Yanagisawa, é dono do restaurante Munch’s Burger Shack, especializado no sanduíche, e tornou-se uma celebridade após a mídia local revelar que sua receita de cheeseburguer foi provada por Trump. De acordo com a rede americana Fox News, a carne usada para o preparo do prato era americana, assim como a mostarda e o ketchup que acompanharam o lanche – tudo condizente com a política ‘American First’ (América Primeiro) que vem guiando as relações diplomáticas e econômicas de Washington.

    Jantar indigesto

    O banquete oferecido a Trump pelo governo da Coreia do Sul, segundo país do giro asiático, acabou provocando uma pequena crise diplomática com o Japão. Isso porque no menu servido ao presidente americano constavam camarões pescados próximo a ilhas cuja soberania são disputadas entre Seul e Tóquio. Outro momento indigesto no jantar foi a presença de Lee Yong-soo, uma senhora de 88 anos forçada a trabalhar em bordeis militares japoneses durante a II Guerra Mundial. “No momento, quando uma forte coordenação é necessária para lidar com a questão da Coreia do Norte, há a necessidade de evitar ações que possam afetar negativamente essa articulação”, disse o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, sobre os episódios, informa o jornal The Guardian.

    Twitter na China

    Trump usou seu Twitter para agradecer pelo passeio “inesquecível” pela Cidade Proibida, em Pequim, terceira capital visitada na viagem. A mensagem não passou despercebida – menos por conta de seu conteúdo e mais pela ferramenta pela qual foi expressada. O Twitter, afinal, é proibido na China. A porta-voz do ministério de Relações Exteriores do país, Hua Chunying, ao ser perguntada se considerava o uso da rede social pelo presidente americano uma violação das leis locais, desconversou, e disse apenas que “existem muitos meios de comunicação com o exterior”. Dias antes, no entanto, o vice-ministro de Exteriores Zheng Zeguang, havia indicado que Trump poderia acessar sua rede social sem problemas durante a visita oficial. “Não devem se preocupar com as comunicações do presidente Trump com o resto do mundo”, afirmou na semana passada, em declarações a um grupo de jornalistas.

    Mandarim de Arabella

    Durante um chá acompanhado de Xi Jinping e sua esposa, Peng Liyuan, após um passeio pela Cidade Proibida, em Pequim, Trump fez uma surpresa ao presidente chinês. O chefe da Casa Branca sacou um tablet e exibiu um vídeo no qual Arabella Kushner, sua neta de seis anos, cantou uma música e declamou poesias chinesas para o casal. Detalhe: tudo em mandarim. A pequena Arabella, segundo informa a revista Newsweek, estuda o idioma desde os três anos, e já havia apresentado publicamente suas habilidades linguísticas em fevereiro, quando a mãe, Ivanka, divulgou uma gravação da menina cantando. O vídeo viralizou na China, e, na ocasião, muitos usuários das redes sociais comentaram preferir a garota ao seu avô.

    Continua após a publicidade

    Encontros e desencontros

    Tudo indicava que Trump e o presidente russo Vladimir Putin teriam um encontro oficial durante o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico no Vietnã. O chefe da Casa Branca havia manifestado o desejo de conversar com seu colega russo sobre a crise com a Coreia do Norte. O Kremlin chegou a dar como certa a reunião, antes de voltar atrás e dizer que se tratava apenas de uma possibilidade. Por sua vez, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, disse que nenhuma decisão havia sido tomada sobre conversas formais. Os desencontros diplomáticos, por fim, resultaram apenas em um aperto de mão e uma rápida troca de palavras publicamente entre os dois líderes durante o jantar de gala da cúpula. Eventos passados, contudo, sinalizam que um encontro secreto não pode ser descartado.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.