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Empresa proprietária de plataforma culpa BP por vazamento de petróleo no Golfo do México

Investigação da Transocean contraria relatórios de autoridades americanas

Por Da Redação
22 jun 2011, 18h32

A Transocean, proprietária da plataforma petroleira Deepwater Horizon, que explodiu em abril de 2010 provocando a maior maré negra da história dos Estados Unidos, publicou nesta quarta-feira um relatório em que responsabiliza a companhia British Petroleum (BP) por ter potencializado os riscos de acidentes. A explosão deixou 11 mortos e provocou prejuízos milionários.

O documento é resultado de uma investigação da Transocean, contrariando dois relatórios anteriores feitos por agências governamentais dos Estados Unidos, que colocaram uma grande parte da responsabilidade pelo desastre sobre a companhia. “O informe conclui que o incidente com o poço Macondo é o resultado de uma sucessão de decisões que comprometeram a integridade da plataforma”, explica a Transocean em seu comunicado.

O incidente provocou uma verdadeira batalha jurídica entre as empresas envolvidas. Em abril, a BP anunciou um processo contra o grupo Transocean, acusando-o de negligência. Pouco depois, esse segundo anunciou sua intenção de processar a petroleira britânica.

Negligência – Nesta quarta-feira, a Transocean afirmou que o desenho do poço, a construção e outras decisões tomadas pela BP nas duas semanas que antecederam o incidente, agravaram a probabilidade do desastre. Além disso, a BP não teria tomado todas as medidas de segurança necessárias porque o custo seria muito elevado.

Outra empresa culpada pelo incidente, segundo a investigação da Transocean, seria a Halliburton, responsável pelo cimento usado para selar o poço. Ela e a BP não teriam testado adequadamente o programa de pasta de cimento, apesar dos riscos associados com o desenho do poço.

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Histórico – Em janeiro de 2011, uma comissão formada por autoridades americanas divulgou um relatório em que culpava pelo desastre a má administração da BP, a Transocean e a Halliburton. Segundo essa investigação, o incidente é resultado de decisões arriscadas das empresas envolvidas, que queriam cortar custos e acabaram colocando a segurança em segundo plano.

O poço da BP explodiu e afundou em 22 de abril de 2010, matando 11 pessoas. Ao menos 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados no mar antes de o vazamento ser estancado. A maré negra se espalhou, sem controle, por 87 dias no acidente que se transformou em um desastre ecológico que afetou a costa de quatro estados americanos.

Engenheiros da BP interromperam o derramamento em 15 de julho, com uma cúpula localizada na entrada do poço. Mas, o local só foi selado de maneira definitiva em setembro de 2010. O vazamento reduziu em cerca de 70 bilhões de dólares o valor de mercado da petroleira e levou a empresa a substituir seu então presidente-executivo, Tony Hayward, pelo norte-americano Bob Dudley.

(Com agências Estado e France-Presse)

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