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Embaixada chinesa em Washington sofre ameaça de bomba, diz porta-voz

Governos dos EUA e da China têm intensificado a troca de farpas, culminando no fechamento do consulado chinês na cidade americana de Houston

Por Da Redação
23 jul 2020, 17h23

Ameaças de ataque a bomba e de morte foram feitas contra a embaixada da China em Washington e os seus funcionários, afirmou uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores chinês na quarta-feira 22. A denúncia ocorre em meio a uma série recente de ataques entre a China e os Estados Unidos, dentre eles o fechamento do consulado geral chinês em Houston, no estado americano do Texas.

“Como resultado do ódio espalhado pelo governo dos Estados Unidos, a embaixada chinesa recebeu ameaças de bomba e de morte”, publicou no Twitter a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying.

O Departamento de Estado americano, que é o responsável pela condução da política externa dos Estados Unidos, não se pronunciou oficialmente sobre o tuíte.

Hua, no mesmo dia, também havia se pronunciado na rede social sobre a ordem dada por Washington a Pequim na mesma quarta-feira para fechar o consulado geral chinês em Houston.

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“Esta é uma evolução sem precedentes na opressão política dos Estados Unidos contra a China”, tuitou Hua. Outro porta-voz da pasta, Wang Wenbin, disse que o governo chinês “precisa escolher uma reação necessária” ao fechamento para “salvaguardar seus direitos legítimos”.

O governo americano fechou o consulado por receio de que os funcionários do órgão estivessem realizando espionagem para o governo chinês.

Como divulgou o Departamento de Estado, a decisão foi tomada “para proteger a propriedade intelectual americana e as informações privadas dos americanos”.

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Com o fechamento do consulado geral em Houston, a China ainda mantém outros quatro consulados gerais nos Estados Unidos — nas cidades de Nova York, Chicago, São Francisco e Los Angeles —, além da embaixada, em Washington.

Desde o início de julho, os conflitos diplomáticos entre os governos chinês e americano têm se agravado especialmente em dois focos: Huawei e Hong Kong.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou em 15 de julho restrições de visto para funcionários da Huawei por ser um “braço do estado de vigilância do Partido Comunista Chinês”.

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Os americanos acusam há anos a empresa de tecnologia chinesa de realizar espionagem para a China. Desde maio de 2019, por meio de um decreto do presidente, Donald Trump, os Estados Unidos proíbem o uso da tecnologia 5G da Huawei em território americano.

Em relação a Hong Kong, Trump aprovou duas medidas contra a China em 14 de julho: um pacote de sanções contra algumas autoridades chinesas e a revogação do status comercial privilegiado que Hong Kong tinha com os Estados Unidos.

O governo americano acusa a China de estar “extinguindo a liberdade” na região administrativa especial, que, a partir de então, é tratada por Washington no ponto de vista comercial da mesma maneira que o resto da China continental.

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O motivo para a acusação é uma recém aprovada lei de segurança nacional que amplia o poder das forças de segurança e do sistema judiciário da China de interferir em Hong Kong.

(Com Reuters)

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