A Embaixada dos Estados Unidos no Iraque suspendeu suas atividades consulares após o cerco de apoiadores e membros da milícia Multidão Popular, composta principalmente por xiitas, às suas instalações na terça-feira 31. Centenas de manifestantes invadiram o prédio da representação diplomática em Bagdá e incendiaram além de cabines e torres de vigilância, como represália a bombardeios americanos a posições da milícia xiita Kataib Hezbollah (KH), mas abandonaram o local no dia seguinte.
“Devido aos ataques das milícias no complexo da embaixada dos Estados Unidos, as operações consulares públicas são suspensas até nova ordem. Todas os compromissos futuros são cancelados”, anunciou a legação diplomática.
No breve comunicado publicado em seu portal na internet, a embaixada pediu aos cidadãos americanos que não se aproximassem do prédio e lembrou que o consulado em Erbil, capital da região autônoma curda, permanece aberto e trabalha normalmente para o processamento de vistos e outros serviços consulares.
No dia 27 de dezembro, um ataque com mais de 30 foguetes contra a base militar K1, em Kirkuk, no norte do Iraque, causou a morte de um empreiteiro americano e deixou vários feridos entre os militares dos Estados Unidos e Iraque. Dois dias depois, Washington autorizou bombardeios contra as posições do Kataib Hezbollah, que deixaram 25 mortos. O conflito em solo iraquiano opõe diretamente os Estados Unidos ao Irã, em uma escalada de tensões bilaterais iniciadas em maio de 2018.
O Departamento de Defesa americano acredita ser a milícia xiita a responsável pelos ataques que, desde meados de outubro, têm com alvo as bases militares e instalações governamentais, onde pessoal dos Estados Unidos apoia o Exército iraquiano.
(Com EFE)