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Em vitória histórica, Jacinda Ardern é reeleita premiê da Nova Zelândia

Com confirmação do resultado, legenda da chefe de governo será primeira a governar sem precisar de alianças desde a reforma eleitoral de 1996

Por Da Redação Atualizado em 17 out 2020, 12h45 - Publicado em 17 out 2020, 12h15
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  • Em uma vitória esmagadora, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, se reelegeu neste sábado, 17, para seu segundo mandato, no qual provavelmente irá governar com maioria absoluta do Parlamento. Com a maior parte dos votos apurados, o Partido Trabalhista, da premiê, tinha 49% dos votos, comparados aos 27% do principal oponente nas urnas, o conservador Partido Nacional.

    “A Nova Zelândia demonstrou o maior apoio ao Partido Trabalhista em pelo menos 50 anos”, disse a política de 40 anos, em discurso de celebração pelo resultado, em Auckland. A fala da premiê, no poder desde 2017, foi iniciada no idioma nativo maori.

    Com a confirmação do resultado, a legenda da chefe de governo será a primeira a governar sem precisar de alianças desde a reforma eleitoral de 1996, feita para conseguir uma maior participação dos partidos minoritários.

    Ardern, que recebeu muitos elogios dentro e fora do país pela gestão da crise da Covid-19, falou sobre sua primeira missão como governante, principalmente em um cenário futuro pós-pandemia. 

    “Nos próximos três anos, há muito a ser feito. Vamos nos reerguer da crise da Covid-19, melhores, mais fortes e com as respostas para o que a Nova Zelândia enfrenta”, disse. 

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    Com medidas firmes, incluindo o fechamento das fronteiras, o país de 5 milhões de habitantes registrou apenas 1.883 casos e 25 mortes pelo novo coronavírus. O país se mostrou como um caso de sucesso na contenção do vírus e conseguiu reabrir sua economia em um momento em que boa parte do mundo está em situação oposta. Dados recentes indicam que o desemprego causado pela pandemia não foi tão duro quanto o esperado e que a confiança empresarial aumentou devido à resposta rápida e firme do governo.

    Antes do fechamento das fronteiras, as pesquisas para as eleições indicavam uma disputa apertada. No entanto, após as medidas de controle de pandemia, o apoio ao Partido Trabalhista aumentou expressivamente. A principal adversária de Jacinda era a líder da oposição no Parlamento, Judith Collins, de centro-direita e filiada ao Partido Nacional.

    A própria eleição, marcada inicialmente para 19 de setembro, chegou a ser adiada devido a um novo surto de Covid, já contido. Os eleitores também foram às urnas para se pronunciar em dois referendos: um, sobre a legalização do uso de cannabis para fins recreativos; e outro, sobre a legalização da eutanásia. Ambos os resultados devem ser conhecidos somente após 30 de outubro.

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    Com mais de 90% dos votos apurados, o Partido Trabalhista tinha 49% dos votos, o que representaria 64 das 120 cadeiras do Parlamento. O Partido Nacional, de oposição, obteve 27%, o que renderia 35 representantes.

    Pouco antes do discurso de Ardern, Collins reconheceu a vitória da primeira-ministra, e parabenizou a oponente, pelos números que classificou como “excepcionais”.

    A presidente do Partido Trabalhista, Claire Szabó, atribuiu a vitória retumbante ao carisma de Ardern, que conquistou o apoio em massa dos neozelandeses com a “Jacinda-mania”, quando assumiu o partido em 2017. À época, ela mal chegava a 24% nas pesquisas.

    “Esta é uma grande noite para nós”, afirmou, em declarações a emissoras locais.

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