Primeira-ministra da Nova Zelândia admite que já fumou maconha
Os neozelandeses vão às urnas em 17 de outubro para eleger seus parlamentares e também para votar em um referendo sobre a legalização da cannabis

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, disse em um debate eleitoral nesta quarta-feira 30 que já experimentou maconha pelo menos uma vez “há muito tempo”. Ardern é a favorita nas pesquisas e deve se manter no poder após as eleições, que serão realizadas em 17 de outubro junto a um referendo sobre a legalização da cannabis.
“Sim, eu usei há muito tempo”, disse a premiê ao ser questionada pelo moderador, o jornalista Patrick Gower, sobre o tema. A resposta de Ardern foi recebida com um aparente espanto por Gower, que ficou por quase dois segundos sem reação, e com alguns aplausos do público presente.
O moderador tinha feito a mesma pergunta pouco antes para a principal rival de Ardern, a líder do Partido Nacional, Judith Collins, que enfatizou um “não”. Na sequência, Ardern e Collins foram questionadas sobre como elas votarão no referendo de legalização da droga: a opositora disse ser contra legalizá-la, enquanto que a premiê se recusou a opinar.
Especialistas de centros de estudo de saúde das cidades de Christchurch e Dunedin estimam que 80% dos neozelandeses já fumaram maconha pelo menos uma vez antes de chegarem aos 21 anos de idade.
Além das eleições parlamentares e do referendo da cannabis, os neozelandeses também votarão em 17 de outubro sobre a legalização da eutanásia voluntária.
Corrida eleitoral
Ardern e o seu Partido Trabalhista lideram as pesquisas eleitorais desde o início da corrida, mas estão em uma recente queda. Até meados de setembro, segundo as pesquisas eleitorais da emissora 1 News com o instituto de pesquisa Colmar Brunton, o Partido Trabalhista sempre teve pelo menos 50% das intenções de voto.
Os resultados eram expressivos, pois, em sua maioria, apontavam cenários em que Ardern poderia governar com maioria absoluta no Parlamento, algo inédito para o atual sistema eleitoral neozelandês, em vigor desde a década de 1990 — atualmente os trabalhistas comandam uma coalizão com um pequeno partido populista e nacionalista chamado New Zealand First.
Porém, entre julho e a última pesquisa eleitoral da 1 News, divulgada na segunda-feira 28, o Partido Trabalhista caiu de 53% para 47% das intenções de votos, indicando que Ardern talvez continuará a depender de uma coalizão, provavelmente com o ascendente Partido Verde (7%).
O Partido Nacional está em segundo, com 33% das intenções de voto.
Essa é uma matéria exclusiva para assinantes. Se já é assinante, entre aqui. Assine para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.
Essa é uma matéria fechada para assinantes e não identificamos permissão de acesso na sua conta. Para tentar entrar com outro usuário, clique aqui ou adquira uma assinatura na oferta abaixo
Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique. Assine VEJA.
Impressa + Digital
Plano completo da VEJA! Acesso ilimitado aos conteúdos exclusivos em todos formatos: revista impressa, site com notícias 24h e revista digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Receba semanalmente VEJA impressa mais Acesso imediato às edições digitais no App.
Digital
Plano ilimitado para você que gosta de acompanhar diariamente os conteúdos exclusivos de VEJA no site, com notícias 24h e ter acesso a edição digital no app, para celular e tablet.
Colunistas que refletem o jornalismo sério e de qualidade do time VEJA.
Edições da Veja liberadas no App de maneira imediata.