Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em protesto, médico palestino-americano se retira de reunião com Biden

Thaer Ahman disse ao presidente dos EUA que era decepcionante ser o "único palestino" na reunião; decisão foi movida "por respeito" aos cidadãos de Gaza

Por Paula Freitas Atualizado em 8 Maio 2024, 13h33 - Publicado em 3 abr 2024, 15h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O médico palestino-americano Thaer Ahmad abandonou, nesta terça-feira, 3, uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, segundo a emissora americana CNN. A vice-presidente, Kamala Harris, o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, outros funcionários do governo americano e líderes muçulmanos também participavam do encontro.

    Publicidade

    Morador de Chicago, Ahmad fez parte de uma equipe de médicos voluntários da MedGlobal, organização não governamental de caridade, enviada à Faixa de Gaza no início deste ano. Ele esteve alocado na cidade de Khan Younis, onde fica o Hospital Nasser, segundo maior complexo médico do enclave palestino — em fevereiro, o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a instituição havia fechado as portas “depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo” por Israel.

    Publicidade

    Em entrevista à CNN, ele informou que disse ao presidente que era decepcionante ser o “único palestino” no recinto e que “decidiu partir por respeito” aos seus compatriotas decidiu, entregando ao democrata uma carta de Haddel, órfa de 8 anos, de Rafah, cidade superpovoada em Gaza que entrou na mira de Israel nos últimos meses. O texto, visto pela emissora americana, dizia: “Eu imploro, presidente Biden, impeça-os [soldados israelenses] de entrar em Rafah”.

    + Conselho de direitos humanos da ONU estuda embargo de armas a Israel

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Como Biden reagiu

    Segundo Ahmad, Biden respondeu que entendia seu gesto. Na véspera ao climão, a CNN afirmou que a Casa Branca mudou o roteiro da reunião, que antes seria um jantar iftar, refeição em que o jejum diário do Ramadã é quebrado. A alteração ocorreu após os participantes expressarem desconforto em festejar enquanto milhares de palestinos são vítimas de bombardeios, passam fome e sofrem com doenças na Faixa de Gaza. Alguns até negaram o convite.

    O médico, por sua vez, decidiu comparecer porque queria poder “se afastar dos políticos e diplomatas da mesma forma que eles estão se afastando” dos palestinos, explicou em entrevista à CNN.

    Publicidade

    Foi a primeira vez que Biden enfrentou um protesto do tipo no cerne de um encontro do governo, embora tenha sido alvo de manifestações e interrupções em eventos públicos a respeito da questão de Gaza.

    Continua após a publicidade

    + Ataque aéreo israelense em Gaza mata sete funcionários de ONG

    Publicidade

    Apelo de Ahmad

    Ahmad, que retornará ao enclave palestino nas próximas semanas, negou que o Hamas use hospitais e escolas como base militar, embora haja evidências de que isso tenha ocorrido. Ele também explicou que é “difícil” viver nos Estados Unidos enquanto pensa nas pessoas que estão sofrendo em Gaza.

    “Gaza está se tornando inabitável. Quero dizer, não sobrou nada lá. Não há escolas e as pessoas vivem em tendas numa área muito apertada”, descreveu.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Segundo a CNN, funcionários do governo americano indicaram que Biden “deixou claro que lamenta a perda de todas as vidas inocentes neste conflito” e prometeu “continuar a trabalhar para garantir um cessar-fogo imediato como parte de um acordo para libertar os reféns e aumentar significativamente a ajuda humanitária a Gaza”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.