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Em Pequim, Xi e Maduro anunciam parceria para ‘qualquer situação’

País sul-americano passa a integrar grupo restrito da mais alta escala das relações diplomáticas chinesas, composto por Rússia, Paquistão e Belarus

Por Da Redação
Atualizado em 13 set 2023, 18h29 - Publicado em 13 set 2023, 17h17

O presidente da China, Xi Jinping, anunciou nesta quarta-feira, 13, uma parceria estratégica “para qualquer situação” com a Venezuela, após receber Nicolás Maduro em Pequim. Com a declaração, difundida pela mídia estatal chinesa, o país sul-americano passa a integrar um grupo restrito, da mais alta escala das relações diplomáticas chinesas, composto por Rússia, Paquistão e Belarus.

“Estou muito feliz de anunciar, ao seu lado, a elevação das relações entre China e Venezuela a um nível de associação estratégica para qualquer situação”, disse Xi a Maduro, durante um encontro entre eles no Palácio do Povo. 

+ Xi ignora cúpula do G20 e recebe Maduro em Pequim com Dilma Rousseff

O líder venezuelano desembarcou em Pequim na semana passada, buscando na China um aliado para enfrentar o duro isolamento das sanções e combater a crise econômica. A Venezuela esperava, no mês passado, encontrar respaldo também entre os Brics, que aprovaram a entrada de seis novos membros no grupo dos países emergentes — Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia. Caracas ficou de fora, mesmo com o apoio de Pequim.

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+ Com promessas de apoio mútuo, Putin e Kim se reúnem na Rússia

“Poderíamos catalogar o grupo do Brics ampliado como o grande motor para a aceleração do processo de nascimento de um mundo novo, de um mundo de cooperação, onde o Sul Global terá a voz primordial”, declarou Maduro em uma entrevista à agência estatal chinesa Xinhua publicada no sábado.

Ao estreitar as relações diplomáticas, Xi contraria uma política global de isolamento a Maduro. A China é também o maior credor do governo venezuelano, que na última década aprofundou uma grave crise econômica e viu o PIB derreter em 80%.

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Pequim emprestou US$ 50 bilhões para Caracas de 2010 a 2020, valor que deveria ser pago com envios de petróleo. No entanto, em 2018, o dado mais recente, a dívida ainda superava US$ 20 bilhões.

Xi acrescentou que o país “apoiará, como sempre, com firmeza, os esforços da Venezuela para salvaguardar a soberania nacional, a dignidade nacional e a estabilidade social, e apoiará firmemente a causa justa da Venezuela de se opor à interferência estrangeira”.

O chanceler chinês, Wang Yi, classificou a relação entre os países como “de ferro” e prometeu apoio de Pequim para que Caracas defenda sua “independência e dignidade nacional”.

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