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Em meio a reveses militares, Putin não participará da cúpula do G20

O anúncio ocorre um dia depois que o ministro da Defesa russo ordenou que seus soldados se retirassem da importante cidade de Kherson

Por Da Redação
10 nov 2022, 09h19

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai faltar à cúpula do Grupo das 20 maiores economias (G20), que ocorre na Indonésia na próxima semana, informaram agências de notícias russas nesta quinta-feira, 10. O líder russo passa por uma série de reveses com seu exército na Ucrânia, que enfraqueceram a capacidade do Kremlin de projetar poder.

A delegação russa será chefiada pelo ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, de acordo com a agência de notícias estatal RIA Novosti. Putin pode participar da conferência por meio de uma videochamada, completou a agência.

Durante semanas, o Kremlin foi evasivo sobre os planos de Putin de participar pessoalmente da cúpula. Analistas disseram que Moscou estava esperando para ver se a situação nas linhas de frente na Ucrânia poderia permitir que Putin estivesse em uma posição de força durante a reunião.

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O anúncio de que Putin não viajará para a cúpula veio um dia depois que o ministro da Defesa russo ordenou que seus soldados se retirassem da importante cidade de Kherson. A medida representa um golpe sério à guerra de Moscou e ao objetivo declarado de Putin de controlar o sul e o leste da Ucrânia.

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Ao não participar da cúpula em Bali, Putin evita o que teria sido sua primeira aparição em um evento internacional de alto nível, ao lado de líderes dos Estados Unidos, Europa e aliados, desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro.

O presidente americano, Joe Biden, vai participar da cúpula, o que alimentou especulações de que os dois adversários poderiam se cruzar lá, embora Biden tenha dito no mês passado que “não tinha intenção” de falar com Putin a menos que fosse para discutir a libertação de Brittney Griner, estrela do basquete americano que foi presa em Moscou e transferida para uma colônia penal.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, resistiu à pressão de alguns países ocidentais para não convidar Putin, mas procurou usar a liderança de seu país no grupo – que tem uma presidência rotativa – para tentar fazer papel de mediador na guerra.

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