Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Em discurso boicotado, chanceler venezuelano pede reunião com EUA

Jorge Arreaza afirmou que Maduro está pronto para se encontrar com Trump; mais de vinte países não compareceram ao pronunciamento

Por Da redação
Atualizado em 27 fev 2019, 14h54 - Publicado em 27 fev 2019, 12h55
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro das Relações Exteriores da Venezuela pediu nesta quarta-feira, 27, na ONU, uma reunião entre Nicolás Maduro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tentar encontrar uma saída para a crise em seu país.

    Jorge Arreaza discursou no Conselho de Direitos Humanos (CDH) em Genebra, mas foi boicotado pelos governos de mais de vinte países, que se retiraram da sala assim que o chanceler entrou.

    A ação foi coordenada previamente pelos países do chamado Grupo de Lima, que reconheceram o chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela até que sejam realizadas novas eleições.

    As missões diplomáticas de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru na ONU em Genebra emitiram pouco depois um comunicado conjunto no qual explicam que seus respectivos governos não reconhecem a legitimidade do atual mandato de Maduro como presidente nem de seus representantes.

    Países de outras regiões, incluindo os Estados Unidos, imitaram o gesto e foi possível observar a saída da sala de mais de vinte delegações, que retornaram ao local onde se reúne o CDH após Arreaza terminar seu discurso e deixar o recinto.

    A União Europeia (UE) também se uniu ao protesto rebaixando o nível de sua representação diplomática durante o discurso do chanceler venezuelano.

    Continua após a publicidade

    Diante do boicote, Arreaza não interrompeu seu discurso, no qual disse que Maduro “está pronto para o diálogo (…) mesmo com os Estados Unidos“.

    “Voltamos a sugerir o caminho do diálogo, o diálogo com os Estados Unidos, e por que não uma reunião entre o presidente Trump e o presidente Maduro?”, questionou.

    Antes de lançar este apelo, o ministro denunciou por vários minutos o que descreveu como uma “agressão” contra seu país, bem como o bloqueio econômico e o congelamento de ativos venezuelanos no exterior.

    Continua após a publicidade

    “Este conselho de direitos humanos deve levantar a voz porque o bloqueio contra a Venezuela e as medidas coercitivas unilaterais violam a Carta das Nações Unidas”, afirmou. “Chega de tanta agressão”, acrescentou.

    Arreaza voltou a acusar os Estados Unidos de querer invadir a Venezuela, amparando-se na distribuição de ajuda humanitária. “Sob o pretexto da crise humanitária, uma intervenção é planejada em meu país”, insistiu.

    Arreaza também reiterou seu convite à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, para visitar a Venezuela e avaliar pessoalmente o impacto do “bloqueio” liderado pelos Estados Unidos.

    Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino em 23 de janeiro, é apoiado por cinquenta países, incluindo os Estados Unidos, o Brasil, a Colômbia e a maioria dos membros da União Europeia.

    Continua após a publicidade

    China e Rússia são contra ação militar na Venezuela

    Os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia afirmaram nesta quarta-feira que são contrários a uma ação militar na Venezuela.

    O russo Serguei Lavrov usou o discurso venezuelano e disse que a tentativa atual de levar ajuda humanitária à Venezuela dos Estados Unidos é um pretexto para uma intervenção armada.

    “Trabalhamos com todos os países preocupados, como nós, com a ideia de uma interferência militar”, afirmou em Wuzhen (leste de China), durante uma reunião trilateral programada há muitos meses com seus colegas da China e Índia.

    “Acredito que os Estados Unidos deveriam escutar o que pensam os países da região”, completou Lavrov.

    Continua após a publicidade

    A China, tradicionalmente a favor de uma política estrangeira baseada na não interferência, optou por não tomar partido na atual crise política que abala o país latino-americano.

    “A questão venezuelana é por natureza um problema interno na Venezuela”, afirmou nesta quarta-feira Wang Yi, o ministro chinês das Relações Exteriores, ao concordar com os comentários de seu colega russo sobre uma possível intervenção militar.

    Além disso, Yi também pediu o respeito às “normas básicas das relações internacionais” e da “soberania” dos Estados.

    Rússia e a China são dois dos principais aliados do regime chavista. As duas nações apoiam a Venezuela com ajuda financeira na forma de empréstimos milionários. Caracas é ainda um dos principais clientes mundiais da indústria russa de armamentos.

    (Com AFP e EFE)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.