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Em 1º comício, Kamala relembra histórico como procuradora e ataca Trump: ‘Conheço o tipo’

Vice-presidente dos EUA diz que já 'lidou com criminosos de todos os tipos' ao atacar o rival republicano, que também chamou de 'retrocesso'

Por Da Redação
Atualizado em 23 jul 2024, 17h00 - Publicado em 23 jul 2024, 16h40

No seu primeiro comício de campanha, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, atacou Donald Trump nesta terça-feira, 23, com um discurso em que relembrou seu histórico como procuradora-geral da Califórnia e lidou “com muitos criminosos”. “Conheço o tipo”, afirmou em Wisconsin, um dos estados-chave para conquistar a Casa Branca nas eleições de 5 de novembro.

“Nesta campanha, prometo a vocês que orgulhosamente compararei meu histórico com o dele em qualquer dia da semana”, disse ela a uma multidão de milhares de apoiadores na escola de West Allis, em um subúrbio de Milwaukee.

A democrata descreveu como antes de tornar-se senadora e, em seguida, vice-presidente, foi uma promotora elevada a procuradora-geral do estado da Califórnia. “Nessas funções, lidei com criminosos de todos os tipos: predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que enganaram os consumidores, trapaceiros que quebram as regras para seu próprio ganho. Então ouça-me quando digo que conheço o tipo de Donald Trump”, declarou, para deleite da plateia.

Projeto 2025

Kamala também criticou Trump por seus laços com o chamado Projeto 2025, um roteiro criado por um grupo de organizações conservadoras de extrema direita – lideradas pela Heritage Foundation – para uma reconstrução do governo dos Estados Unidos. Os grupos contam com pessoas que trabalharam no governo do ex-presidente que, embora diga que não tem nada a ver com isso, alinha muitas das suas políticas ao projeto de 900 páginas.

O texto prevê, entre uma série de controvérsias como o desmantelamento do ministério da Educação e da EPA, que cuida do meio ambiente, a demissão de até 50 mil funcionários públicos, a serem substituídos por aliados, e a expansão dos poderes do presidente, que passaria a ter controle direto sobre agências independentes como o Departamento de Justiça. Uma mão na roda para Trump driblar seus enroscos judiciais, entre elas acusações criminais pelas tentativas de reverter o resultado das eleições de 2020 e o ataque ao Congresso em 2021, que ele chama de “caça às bruxas” e perseguir opositores políticos.

Falando do Projeto 2025, Kamala chamou Trump de “retrocesso”, afirmando que enquanto os democratas estão focados no futuro, os republicanos olham para o passado. “Queremos viver num país de liberdade, compaixão e Estado de direito, ou num país de caos, medo e ódio?”, ela perguntou.

Kamala x Trump

Segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos publicada nesta terça-feira, a vice-presidente teria 44% dos votos se as eleições fossem agora, contra 42% de Trump. O levantamento foi realizado depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistiu da disputa no domingo e endossou Kamala como sua sucessora.

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Pesquisas anteriores mostravam Kamala e Trump empatados em 44%, ou com o republicano à frente dela por um ponto percentual, o que pode sinalizar algum movimento limitado de mobilização dos democratas ao redor da nova candidata. Ainda assim, a vantagem atual ficou dentro da margem de erro de 3 pontos da pesquisa.

Favoritismo

Após a desistência de Biden, Kamala já conquistou o número mínimo de delegados para ser indicada pelo Partido Democrata para ser candidata à Casa Branca, segundo levantamento da agência Associated Press.

Até as 22h58 desta segunda, Harris havia conquistado o apoio de 2.471 delegados — são necessários pelo menos 1.976 para a indicação. No total, o partido tem 3.936 delegados. A pesquisa da agência se baseou em anúncios públicos de democratas e entrevistas.

Em uma publicação no X na madrugada desta terça-feira, 23, Kamala agradeceu o apoio dos colegas e falou que deseja unir o país para derrotar o candidato republicano. “Estou orgulhosa de ter conquistado o apoio necessário para me tornar a nomeada do nosso partido. Nos próximos meses, eu viajarei por todo o país falando com americanos sobre tudo o que está em jogo. E pretendo unir nosso partido e nossa nação, e derrotar Donald Trump”, escreveu.

O Partido Democrata afirmou nesta segunda que deve anunciar seu candidato para disputar a eleição presidencial contra o republicano Donald Trump até o dia 7 de agosto. A convenção da sigla está marcada para acontecer entre 19 e 22 de agosto, quando o nome do candidato deve ser oficializado.

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Apoio crescente

Harris consolidou seu favoritismo em pouco mais de 24 horas após o presidente Joe Biden anunciar que não concorreria mais à reeleição. O presidente fez o anúncio neste domingo e, pouco depois, deu seu apoio para que sua vice concorresse em seu lugar.

Em 24 horas, o Partido Democrata arrecadou o valor recorde de 81 milhões de dólares em doações de apoiadores, feito que nunca havia sido conquistado por nenhum partido na história das eleições americanas.

Harris também conseguiu o apoio de nomes de peso do partido, como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, o ex-presidente Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton, os governadores J. B. Pritzker, de Illinois, Gretchen Whitmer, de Michigan, Andy Beshear, de Kentucky, Wes Moore, de Maryland, Tim Walz, de Minnesota, Tony Evers, de Wisconsin, e Josh Shapiro, da Pensilvânia.

Harris rapidamente consolidou o apoio de seu partido depois que Biden, de 81 anos, abandonou sua campanha de reeleição sob pressão de membros de seu partido que se preocupavam com sua capacidade de derrotar Trump ou de cumprir outro mandato de quatro anos.

Ela concluiu a indicação na noite de segunda-feira ao conquistar o voto da maioria dos delegados que, na convenção do partido no próximo mês, determinarão o indicado, disse a campanha.

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