Impulsionada por pesquisas de opinião e pelos elogios por sua liderança durante a pandemia do novo coronavírus, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou neste sábado, 8, sua campanha à reeleição pelo Partido Trabalhista.
A carismática líder de 40 anos prometeu impulsionar empregos e o crescimento econômico, destinando 311 milhões de dólares neozelandeses, o equivalente a cerca de 1,1 bilhão de reais, para estimular a economia.
Com medidas firmes, incluindo o fechamento das fronteiras, o país de 5 milhões de habitantes registrou apenas 1.569 casos e 22 mortes pela Covid-19. A Nova Zelândia segue há 99 dias sem transmissões locais da doença.
“Quando as pessoas me questionam se essa é uma eleição sobre a Covid-19, minha resposta é sim”, disse Jacinda no lançamento de sua campanha, em Auckland.
A Nova Zelândia se mostrou como um caso de sucesso na contenção da Covid-19 e conseguiu reabrir sua economia em um momento em que boa parte do mundo está em situação oposta. Dados recentes indicam que o desemprego causado pela Covid-19 não foi tão duro quanto o esperado e que a confiança empresarial aumentou devido à resposta rápida e firme do governo.
Antes do fechamento das fronteiras, as pesquisas para as eleições, marcadas para 19 de setembro, indicavam uma disputa apertada. No entanto, após as medidas de controle de pandemia, o apoio ao Partido Trabalhista aumentou expressivamente. A principal adversária de Jacinda é a líder da oposição no Parlamento, Judith Collins, de centro-direita e filiada ao Partido Nacional.
O Partido Trabalhista, da premiê, é o principal partido dentro da coalizão do atual governo da Nova Zelândia. Segundo as pesquisas, a legenda de centro-esquerda pode garantir sozinha uma maioria no Parlamento.
Apresentada no palco do evento de campanha por seu noivo, Clark Gayford, Jacinda falou brevemente sobre sua inesperada chegada ao poder em 2017, quando se tornou a mais jovem primeira-ministra do país. Ela também comentou sobre situações com as quais teve que lidar ao longo de seu mandato, incluindo um ataque a tiros em mesquitas em Christchurch, uma erupção vulcânica e a pandemia do coronavírus.
“Se vocês me contassem que nosso lançamento em 2020 seria em meio a uma pandemia global com nossas fronteiras fechadas – eu acharia isso muito difícil de acreditar”, disse.
(Com Reuters)