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Elo entre Hezbollah e tráfico na América Latina preocupa EUA

Há três meses, principal financiador do grupo libanês na região foi preso em Foz do Iguaçu, no Paraná

Por Da Redação
13 dez 2018, 08h52
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  • A relação entre grupos terroristas islâmicos e narcotraficantes latino-americanos preocupa a seção de contraterrorismo do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Um exemplo disso é a cooperação entre o Hezbollah e cartéis no México, apontada pelos governos americano e israelense.

    Outro foco de escrutínio é a relação entre Venezuela e Irã, assim como a rede de financiadores do grupo xiita libanês na Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

    “Temos de estar atentos ao risco de que se estabeleçam relações entre grupos terroristas e o crime organizado”, disse o coordenador de contraterrorismo para a América Latina do Departamento de Estado, Nathan Sales.

    “Eles se adaptam facilmente e trabalham com qualquer parceiro. Os terroristas são oportunistas e buscam janelas para mover armas e pessoal”, completou.

    De acordo com o diplomata, esse padrão de conexão do Hezbollah com grupos criminosos pode ser verificado no México, na Venezuela e na Tríplice Fronteira.

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    No começo da semana, o governo de Israel destruiu túneis do Hezbollah. Um dos responsáveis pelo túnel, identificado como Imad Fahs, recebeu treinamento de cartéis mexicanos.

    Há três meses, a Polícia Federal prendeu em Foz do Iguaçu Assad Ahmad Bakarat, apontado como o principal financiador do Hezbollah na região. “Temos muito interesse no desenvolvimento desse caso”, disse Sales.

    O Hezbollah é uma força significativa na política libanesa, mas é considerado por muitos países, inclusive os Estados Unidos, como uma organização terrorista, principalmente por seus ataques contra Israel.

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    Em novembro, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, afirmou que o governo de Donald Trump tem expectativas de que o Brasil declare o Hezbollah como grupo terrorista.

    Bolton visitou o presidente eleito Jair Bolsonaro em sua casa no Rio de Janeiro no final do mês passado. Segundo o americano, a cooperação entre Estados Unidos e Brasil no combate ao terrorismo era um dos assuntos prioritários no encontro.

    (Com Estadão Conteúdo)

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