Eleição na Colômbia deve ser decidida no 2º turno
Juan Manuel Santos, que tenta segundo mandato, aparece tecnicamente empatado com o ex-ministro da Fazenda Oscar Iván Zuluaga
Os centros de votação abriram suas portas neste domingo para os quase 33 milhões de eleitores colombianos que estão convocados para eleger o novo presidente em uma eleição fortemente polarizada. O presidente Juan Manuel Santos tenta a reeleição contra outros quatro candidatos, dentre os quais o mais importante rival é o ex-ministro da Fazenda Oscar Iván Zuluaga, apadrinhado político do ex-presidente Alvaro Uribe. Santos e Zuluaga aparecem tecnicamente empatados nas pesquisas.
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As sondagens mais recentes publicadas há uma semana dão a cada um dos dois principais candidatos cerca de 29% de apoio, o que indica a necessidade de um segundo turno. Os outros três candidatos têm juntos cerca de 20% dos votos.
Os mais de 10.000 postos de votação foram abertos às 8h no horário local e serão fechados às 16h. A expectativa é que os resultados seja divulgados à noite. Caberá ao próximo mandatário respaldar ou não o processo de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Santos fez de um projeto de acordo para encerrar os conflitos o centro de sua campanha eleitoral. Apesar disso, preocupações de que os líderes rebeldes consigam sair impunes de seus crimes estão minando a confiança na proposta de Santos.
Embora Zuluaga diga que também é a favor de um acordo, ele afirma que, se eleito, dará aos negociadores com as Farc em Cuba uma semana para mostrar seu compromisso com a paz por meio da declaração de um cessar-fogo. Zuluaga ainda ameaça tomar uma atitude mais dura contra a Venezuela, dizendo em um debate que não quer permanecer um “cúmplice silencioso” enquanto o presidente venezuelano Nicolas Maduro prende opositores do governo.
A polarização entre os dois candidatos e o embolado cenário eleitoral foram marcados por escândalos de espionagem e de acusações sobre uma possível penetração de dinheiro do narcotráfico. Reportagens na imprensa local afirmaram que o gerente da campanha de Santos recebeu dinheiro de um dos principais traficantes de drogas do país para ajudar a negociar a anistia aos criminosos. Já Zuluaga sofre com a prisão de um especialista em computadores que trabalhou em sua campanha.
(Com Associated Press)