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Egito ameaça com prisão estudantes que desrespeitarem a bandeira

Ministro da educação do país direciona ameaça a universitários, uma das forças por trás da Primavera Árabe no país

Por Gustavo Silva
25 set 2017, 17h28
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  • Manifestantes carregam bandeira do Egito durante protesto no centro do Cairo
    Manifestantes carregam bandeira do Egito durante protesto no centro do Cairo (Khaled Desouki/AFP/VEJA)

    O ano letivo nas universidades públicas do Egito começou de modo incomum neste mês: o governo estipulou que todos os estudantes deveriam “saudar a bandeira” e cantar o hino do país antes do inicio das atividades acadêmicas. A ordem causou comoção nas redes sociais, e milhares de pessoas se manifestaram com comentários e piadas a respeito da atividade.

    Diante do furor popular, o ministro da educação egípcio, Tarek Shawki, ameaçou nesta segunda-feira que qualquer estudante que “desrespeite ou profane” a bandeira nacional pode pegar até um ano de prisão, além de pagar multa que pode chegar ao equivalente a 5.300 reais.

    Desde 2014, então sob a presidência de Adly Mansour, há leis que penalizam atos realizados contra o estandarte nacional no Egito. A saudação diária à bandeira é obrigatória em todas as escolas privadas e particulares do país até o ensino médio, e a atividade foi estendida à abertura do ano letivo das universidades como forma de “impulsionar o sentimento patriótico”.

    Medidas contra estudantes

    O anúncio de Tarek, direcionado especificamente a universitários, é visto como uma forma de coibir atividades contrárias ao governo. Estudantes foram uma das principais forças por trás da Primavera Árabe no Egito, a sucessão de eventos entre 2011 e 2013 que resultou na queda do ditador Hosni Mubarak e, posteriormente, nas eleições populares que elegeram Mohamed Mursi à presidência.  Atualmente, o país é presidido pelo marechal Abdel Fatah Sisi, que tomou o poder em 2013 após um golpe militar.

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    Os estudantes têm sido alvo frequente de medidas do governo. Estima-se que desde que Sisi chegou ao poder, pelo menos 40 mil jovens foram detidos por conta do envolvimento com atividades políticas. Em 2015, associações políticas nos meios universitários e sindicatos estudantis foram banidos, e em junho, o Ministério da Educação do Egito removeu todas as menções à Primavera Árabe do currículo escolar dos alunos de ensino médio.

     

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