Pelo menos 34 pessoas morreram e 87 ficaram feridas na noite desta terça-feira em Benghazi, na Líbia, em um duplo atentado com carro-bomba em frente a uma mesquita no centro da cidade do leste líbio, informaram fontes médicas.
Uma bomba em um veículo estourou no momento em que fiéis saíam de uma mesquita no bairro de Al-Sleimani, relatou uma fonte dos serviços de segurança. Um segundo carro-bomba explodiu trinta minutos depois no mesmo perímetro, causando mais vítimas entre os serviços de segurança e os civis, acrescentou a mesma fonte.
Cerca de 25 mortos e 51 feridos foram levados para o hospital Al-Jala de Benghazi, informou a porta-voz do hospital, Fadia al-Barghathi.
Outros nove mortos e 36 feridos foram registrados no Centro Médico de Benghazi, segundo seu porta-voz, Khalil Guider. O número de óbitos pode aumentar, já que vários feridos se encontram em estado grave, e outras vítimas podem ter dado entrada em clínicas particulares. Nenhum grupo reivindicou o ataque até o momento.
Essa mesquita é conhecida por ser um reduto de grupos salafistas que combateram os extremistas em Benghazi junto com as forças do homem forte do leste líbio, o marechal Khalifa Haftar.
Ahmad al-Fituri, um responsável pelos serviços de segurança ligados às forças do marechal Haftar, morreu no ataque, de acordo com o porta-voz militar em Benghazi Milud al-Zwei.
A Líbia está imersa no caos desde a revolta popular que pôs fim ao regime de Muamar Kadhafi, em 2011.
Bastião da revolução líbia, Benghazi se tornou um reduto de grupos extremistas. A cidade foi especialmente afetada pela violência contra as representações diplomáticas e as forças de segurança.