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Doentes recorrem a remédios veterinários diante da escassez na Venezuela

Muitos pacientes estão comprando antibióticos, esteroides e medicamentos tópicos em pet shops.

Por Da Redação
Atualizado em 20 jan 2021, 14h22 - Publicado em 7 ago 2015, 12h48
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  • Além da escassez de alimentos e produtos básicos, os venezuelanos também enfrentam dificuldades pela falta de remédios nas prateleiras das farmácias e em hospitais. Segundo cálculos da Federação Farmacêutica da Venezuela, o país sofre de 70% de escassez de remédios. Para driblar a carência, pacientes estão recorrendo a medicamentos veterinários que possuem os mesmos princípios ativos que os remédios para seres humanos.

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    Kevin Blanco se declara humilhado por ter de aceitar tomar remédio veterinário após um transplante de rim. A Prednisona e o Cellcept – imunossupressores que evitam a rejeição de órgãos transplantados – desapareceram das farmácias públicas e privadas. Isso colocou em uma situação crítica centenas de pacientes que não podem suspender a medicação um dia sequer, sob o risco de perder o órgão transplantado pelo qual esperaram por anos. “Quando a prednisona humana acabou, todo mundo começou a procurar a canina”, afirma o presidente da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.

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    “Estas pessoas estão correndo risco de vida”, afirma por sua vez Francisco Valencia, presidente da Fundação Amigos Transplantados, que apoia esses pacientes. Blanco, de 47 anos e transplantado há 15, esteve sem os dois medicamentos por um mês até a última terça-feira, quando voltou a receber os remédios, mas durante esse período precisou consumir prednisona para animais.

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    “É humilhante saber que tua vida depende de um medicamento para animais”, afirma Blanco, 47 anos, acrescentando que seu médico alertou que o uso do remédio veterinário seria “por sua conta e risco”. A crise da saúde também se vê na falta de insumos hospitalares, como reativos para exames, o que levou à suspensão de várias cirurgias, em um país onde os marcapassos já são reutilizados – aparelhos de pessoas mortas são retirados para serem usados em outros pacientes.

    O governo de Nicolás Maduro – que não divulga cifras oficiais da falta de remédios desde fevereiro de 2014 – nega a falta de Prednisona, indicando que em julho Cuba enviou um lote de 1,2 milhão de pílulas. Mas, segundo o presidente da Federação Médica Venezuelana, Douglas León Natera, muitos pacientes estão comprando não só Prednisona, mas antibióticos, esteroides e medicamentos tópicos em pet shops.

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    (Da redação)

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