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Venezuela limita candidaturas da oposição

Sem ser notificado oficialmente, o deputado opositor Abelardo Díaz descobriu no site do Conselho Nacional Eleitoral que não poderá se candidatar para o pleito de dezembro

Por Da Redação
5 ago 2015, 14h01

Mais um político da oposição na Venezuela foi impedido de disputar as eleições legislativas no país no dia 6 de dezembro. O deputado Abelardo Díaz descobriu que está inelegível após uma consulta ao site do Conselho Nacional Eleitoral venezuelano. Díaz afirma desconhecer as razões da medida e garante que não recebeu nenhuma notificação oficial. “Não tenho nenhuma sentença ou decisão penal ou administrativa contra mim. Não conheço as causas nem quando a medida foi tomada”, disse.

Na segunda-feira, a líder da oposição Maria Corina Machado tentou registrar sua candidatura, mas também teve o pedido rejeitado pelo órgão eleitoral venezuelano. Outros opositores, como Enzo Scarano, Raúl Baduel, Ricardo Tirado e Daniel Ceballos, ex-prefeito de San Cristóban preso há mais de um ano e acusado de incitar a violência durante os protestos de 2014, também tiveram suas candidaturas negadas.

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Nesta terça-feira, os Estados Unidos pediram à Venezuela para reverter as medidas que impossibilitam a participação de opositores nas eleições parlamentares de dezembro. O Departamento de Estado afirmou em comunicado que as decisões de autoridades eleitorais venezuelanas “têm claramente a intenção de complicar a capacidade de a oposição” disputar a eleição e limitar o número de candidatos. “Apelamos a todas as autoridades venezuelanas relevantes para reconsiderar a proibição imposta aos candidatos e reiteramos o nosso apelo para uma observação eleitoral credível e oportuna”, informou uma nota oficial.

No final de julho, o Comitê de Direitos Humanos da ONU fez um apelo para que a Venezuela respeite o direito de opositores de disputar as eleições e pediu garantias ao governo do presidente Nicolás Maduro para que não tome medidas “que possam constituir intimidação, perseguição, desclassificação ou uma ingerência indevida” no trabalho de políticos, ativistas, jornalistas e advogados.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou, nesta quarta-feira, que o Centro Carter, órgão de monitoramento eleitoral e em prol da democracia fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, fechou seu escritório em Caracas em junho. O motivo seria a crescente dificuldade de operar no país desde a morte de Hugo Chávez, em 2013.

(Da redação)

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