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Diretor do British Museum deixa cargo após roubo de artefatos preciosos

Em comunicado, Hartwig Fischer assume que falhou em proteger os itens sob responsabilidade da instituição, localizada em Londres

Por Da Redação
Atualizado em 25 ago 2023, 14h23 - Publicado em 25 ago 2023, 14h20
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  • O diretor do British Museum, Hartwig Fischer, renunciou ao cargo nesta sexta-feira, 25, uma semana depois do roubo de itens preciosos da instituição, guardados em um depósito de coleções. Um funcionário, que não teve a identidade revelada, foi acusado de furtar e danificar uma série de artefatos, que incluem joias de ouro e pedras semipreciosas datadas do século 15 a.C ao século 19 d.C. O suspeito foi demitido e enfrentará ações judiciais no Reino Unido.

    Em comunicado, Fischer assumiu a falha em proteger os itens sob responsabilidade do museu, dizendo que deveria ter empregado medidas de segurança mais rígidas para evitar o crime. A instituição, que fica em Londres, conta com um histórico de roubos desde a década de 1970, que vão desde moedas e medalhas romanas até uma estátua grega de 12 cm de altura de mais de 2.500 anos.

    “É evidente que o British Museum não respondeu de forma tão abrangente como deveria”, escreveu. “A situação que o museu enfrenta é da maior gravidade. Acredito sinceramente que ultrapassará este momento e sairá mais forte, mas infelizmente cheguei à conclusão de que a minha presença revelou-se uma distração”.

    + Museu Britânico demite funcionário após desaparecimento de itens preciosos

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    Em 2021, Ittai Gradel, um negociante de antiguidades, informou o museu por e-mail que um conjunto de peças havia desaparecido. A instituição iniciou, a partir de então, uma investigação interna, mas que teria chegado à conclusão de que os objetos em questão estavam “todos contabilizados” e não havia “nenhuma sugestão de irregularidade” por parte dos membros da equipe do museu, segundo o jornal americano The New York Times.

    As suspeitas do negociante, no entanto, tinham embasamento, como mostrou o comunicado de desaparecimento emitido pela instituição britânico há sete dias. Para aliviar a inação do museu, Fischer disse, no início desta semana, que tinha “razões para acreditar” que Gradel teria omitido a quantidade verdadeira de objetos desaparecidos.

    O agora ex-diretor expressou “sincero pesar” pelos comentários “insensatos” sobre Gradel e defendeu que “a responsabilidade por essa falha deve, em última análise, recair sobre mim”.

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    Segundo o jornal britânico The Telegraph, um dos itens roubados, estimado em até 50 mil libras (mais de R$ 300 mil), chegou a ser anunciado no site de vendas online eBay por apenas 40 libras (R$ 250 reais). Outras joias desaparecidas também estariam sendo vendidas na plataforma desde 2016.

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    Uma investigação liderada pelo setor de crimes econômicos da Polícia Metropolitana de Londres está em curso, enquanto uma revisão independente analisará o caso e recomendará melhorias no sistema de segurança do local Após aceitar a renúncia de Fischer, o ex-ministro das finanças britânico e presidente do museu, George Osborne, disse que pretende “consertar o que deu errado”.

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    “O museu tem uma missão que atravessa gerações. Vamos aprender, restaurar a confiança e merecer ser admirados mais uma vez”, acrescentou.

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