Museu Britânico demite funcionário após desaparecimento de itens preciosos
Entre as peças ausentes, roubadas ou danificadas estão joias de ouro, pedras semipreciosas e vidro datados do século 15 a.C ao século 19 d.C
O Museu Britânico comunicou nesta quarta-feira, 16, a demissão de um funcionário após o desaparecimento de diversos itens e instituiu “medidas de emergência” para fortalecer a sua segurança. Entre as peças ausentes, roubadas ou danificadas estão joias de ouro, pedras semipreciosas e vidro datados do século 15 a.C ao século 19 d.C que estavam guardados em um depósito de coleções da instituição.
“Nossa prioridade agora é tripla: primeiro, recuperar os itens roubados; segundo, descobrir o que poderia ter sido feito para impedir isso; e terceiro, fazer o que for preciso, com investimento em segurança e registros de cobrança, para garantir que isso não aconteça novamente”, disse o presidente do museu, George Osborne.
Com a descoberta do crime, uma investigação foi iniciada pelo setor de crimes econômicos da Polícia Metropolitana, enquanto uma revisão independente analisará o caso e recomendará melhorias no sistema de segurança do local. O ex-curador Sir Nigel Boardman e a chefe de polícia da Polícia de Transporte Britânica, Lucy D’Orsi, estarão à frente da investigação contratada pelo museu britânico. Ações judiciais contra o funcionário também serão instauradas.
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“Chamamos a polícia, impusemos medidas de emergência para aumentar a segurança, estabelecemos uma revisão independente sobre o que aconteceu e as lições a aprender e usamos todos os poderes disciplinares de que dispomos para lidar com o indivíduo que acreditamos ser o responsável”, explicou Osborne.
No que chamou de “incidente incomum”, o diretor do museu, Hartwig Fischer, se desculpou pelo sumiço das peças e destacou que o estabelecimento leva “muito a sério” a proteção dos artefatos sob seus cuidados. Ele disse, ainda, que toda a equipe está determinada a “chegar ao fundo” do desaparecimento, de forma a impedir que o episódio seja repetido no futuro.
“O programa de recuperação funcionará para garantir que os itens roubados sejam devolvidos ao museu. Será um trabalho árduo, envolvendo especialistas internos e externos, mas esta é uma prioridade absoluta – por mais que demore – e agradecemos a ajuda que já recebemos”, afirmou. “Já reforçamos nossos acordos de segurança e estamos trabalhando ao lado de especialistas externos para concluir um relato definitivo do que está faltando, danificado e roubado”.
Não é a primeira vez, contudo, que artefatos somem da vista dos curadores do Museu Britânico. Nas décadas de 1970 e 1990, moedas romanas e medalhas desapareceram. Em 2002, uma estátua grega de 12 cm de altura de 2.500 anos foi roubada por um visitante, obrigando o edifício a melhorar sua segurança. Nove anos mais tarde, um anel de diamante Cartier de £ 750.000 (cerca de R$ 4,75 milhões), pertencente à coleção de ativos patrimoniais, foi relatado como ausente, informação que veio à tona em 2017.