A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira o fim do embargo americano a Cuba. Dilma participa da terceira Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que reúne governantes da América Latina em San José, capital da Costa Rica. A presidente deve retornar ao Brasil nesta quinta.
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Em discurso, Dilma comemorou a reaproximação diplomática entre os Estados Unidos e Cuba, anunciada em dezembro, e disse que, com a medida, o “último resquício da Guerra Fria” na região começa a sair de cena. A presidente elogiou os governantes dos dois países, Barack Obama e Raúl Castro, pelo acordo, mas condenou a manutenção do embargo americano contra a ilha caribenha. “Não podemos esquecer que o embargo econômico, financeiro e comercial dos Estados Unidos a Cuba continua em vigor”, disse ela, chamando o bloqueio de “medida coercitiva”.
Aproveitando o palanque, Dilma voltou a elogiar o financiamento brasileiro ao Porto de Mariel, afirmando que a iniciativa “atuou em prol de uma integração abrangente” entre os países da América Latina. A oportunista tentativa de demonstrar a utilidade do empréstimo para modernização do porto – usado para embarcar armas para a Coreia do Norte – ignora o fato de que o governo petista, alinhado ideologicamente com a turma de Fidel, financiou sua ditadura, com recursos do BNDES, usando para isso contratos cujas cláusulas permanecem secretas.
(Com Estadão Conteúdo)