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“Dia de fúria” deixa cinquenta feridos em Jerusalém

Decisão de Trump de reconhecer a cidade sagrada como capital de Israel provocou protestos em vários países

Por Da redação
Atualizado em 8 dez 2017, 14h48 - Publicado em 8 dez 2017, 13h21
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  • O primeiro dos “três dias de fúria” convocados pelo Hamas em resposta à decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel registrou protesto em diversos países e deixou mais de 50 pessoas feridas na cidade sagrada, informou a rede Al Jazeera.

    Segundo o site da TV do Catar, milhares de palestinos saíram às ruas em Jerusalém, Cisjordânia e Faixa de Gaza e houve confronto com as forças israelenses em diversas localidades.

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    Na Turquia, milhares de pessoas saíram às ruas nesta sexta-feira em resposta ao chamado do grupo Hamas em várias cidades, principalmente em Istambul e Ancara. A polícia da capital Ancara tomou medidas extremas de segurança em torno da embaixada dos Estados Unidos para prevenir qualquer tentativa de ataques contra o prédio.

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    Os manifestantes se reuniram nas mesquitas de Kocatepe e Hacibayram, as duas maiores e mais populares de Ancara, e um pequeno grupo se manifestou diretamente em frente à embaixada americana com lemas como “Abaixo o Imperialismo Americano” e, quando tentaram queimar uma bandeira de Israel, a polícia interveio para impedir.

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    Istambul na Turquia - 08/12/2017
    Turcos protestam contra a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, em Istambul, na Turquia – 08/12/2017 (Osman Orsal/Reuters)

    Em Istambul, a principal cidade do país, milhares se reuniram na grande mesquita de Fatih antes de rumar para o distrito de Sarachane, na parte europeia da cidade, levando bandeiras palestinas e turcas, ao mesmo tempo em que gritavam palavras de ordem contra Israel e Estados Unidos. Além disso, em outros 39 distritos de Istambul estavam previstas pequenas marchas após a oração muçulmana das sextas-feiras.

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    No mundo muçulmano, Turquia é, ao lado do Egito, o principal aliado de Israel , com quem mantém relações comerciais, políticas e diplomáticas há décadas. No entanto, desde o violento ataque israelense à chamada “Frotilha da Liberdade” para Gaza em 2010, na qual morreram dez pessoas de origem turca, as relações ficaram abaladas, embora tenham sido oficialmente normalizadas no ano passado.

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    “Destruição de Israel”

    Líderes do Irã, onde a oposição a Israel e o apoio à causa palestina têm sido centrais para a política externa desde a revolução islâmica de 1979, denunciaram a decisão de Trump, incluindo seu plano de transferir a embaixada para a cidade sagrada.

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    A TV estatal transmitiu imagens de manifestantes entoando “morte à América” e “morte a Israel”, segurando bandeiras palestinas e cartazes com os dizeres: “Quds pertence aos muçulmanos”, usando o nome árabe para Jerusalém. Em diversos locais, manifestantes queimaram imagens de Trump.

    O Irã considera que a Palestina compreende toda a Terra Santa, incluindo o Estado judeu, que não reconhece. Teerã tem pedido repetidamente pela destruição de Israel e apoia diversos grupos militantes islâmicos em sua luta contra o país.

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    A oposição à decisão de Trump uniu facções iranianas de linha-dura, com o presidente pragmático, Hassan Rouhani, e comandantes da Guarda Revolucionária do Irã convocando iranianos a participar de manifestações nacionais do “dia de raiva”.

    Alguns manifestantes queimaram também imagens do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enquanto entoavam “morte ao demônio”.

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    Alerta de segurança

    As representações diplomáticas dos Estados Unidos na Malásia e na Indonésia emitiram alertas de segurança em razão de protestos ocorridos também nesses dois países, nesta sexta-feira, contra a decisão de Trump. As embaixadas americanas em ambos os países pediram aos seus cidadãos que tomem precauções e “evitem áreas de manifestações”.

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    Na Indonésia, alguns manifestantes queimaram a bandeira americana em frente à embaixada em Jacarta, onde se reuniram levando cartazes e bandeiras da Palestina. “A Nahdlatul Ulama (NU) condena Estados Unidos e Israel por invadir a cidade de Jerusalém”, afirmava um dos cartazes em Jacarta da NU, a maior organização independente muçulmana da Indonésia – o país com maior número de seguidores do Islã.

    O porta-voz da polícia de Jacarta, Argo Yuwono, estimou, em declarações à agência EFE, que cerca de 500 pessoas se reuniram na capital sem que se registrassem distúrbios maiores. Em Surabaya, a segunda maior cidade do país em número de habitantes, outros grupos se concentraram em frente ao consulado americano.

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    Na capital da Malásia, pelo menos 1.000 pessoas gritaram palavras de ordem contra Trump e queimaram figuras e fotos do governante perto da embaixada dos Estados Unidos, segundo o jornal Malasiakini. O protesto em Kuala Lumpur contou com a participação de líderes e membros do partido governante Organização Nacional para a Unidade da Malásia (UMNO), grupos que representam a maioria de etnia malaia e religião muçulmana e ONGs islâmicas.

    O presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, condenaram na quinta-feira a decisão de Trump e lhe pediram que reconsidere a postura.

    (com EFE e Reuters)

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