Cairo, 20 jun (EFE).- As forças do governo sírio intensificaram nesta quarta-feira os bombardeios na província de Deraa e nos arredores de Damasco em meio aos combates contra os opositores de Bashar al Assad, informaram entidades insurgentes, que denunciaram a morte de várias dezenas de civis.
De acordo com os Comitês de Coordenação Local, de oposição, até agora 42 civis foram mortos pela repressão do regime, enquanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos documentou, em comunicado, 35 vítimas.
Os lugares mais castigados pelos bombardeios foram Daeel, em Deraa, onde pelo menos cinco pessoas faleceram, entre elas dois irmãos menores de idade, e em Duma, nos arredores da capital.
O chefe do insurgente Exército Livre Sírio (ELS) em Deraa, coronel Ahmad Naama, disse à Agência Efe, via internet, que Daeel foi bombardeada por helicópteros, que destruíram várias casas. E somente em Duma e em povoações próximas, segundo os Comitês, foram relatadas 17 mortes.
As forças governamentais também mantiveram hoje seus bombardeios ao reduto opositor de Homs, especialmente a cidade de Al Rastan, que sofre escassez de água e de alimentos básicos, e a província de Hama.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Crescente Vermelho anunciaram hoje que obtiveram a autorização do governo sírio e o compromisso dos grupos de oposição para entrar em Homs e ajudar civis feridos e doentes.
Além disso, várias aldeias das áreas rurais da província de Aleppo sofreram ataques das tropas, que tentam expulsar os insurgentes da cidade de Adnan.
Os combates fizeram vítimas nos dois grupos em Aleppo e também em Latakia – segundo o Observatório, foram pelo menos cinco opositores e 28 membros das forças de segurança em diversos confrontos.
O porta-voz do ELS, Sami Kurdi, confirmou à Efe que dezenas de ‘shabiha’ (milicianos do regime) morreram em enfrentamentos com membros do exército insurgente na região de Al Haza, em Latakia.
De acordo com dados da ONU, desde março de 2011 mais de 10 mil pessoas morreram na Síria por causa da violência, cerca de 230 mil deixaram seus lares e migraram para outras regiões do país e mais de 60 mil buscaram refúgio em países limítrofes, como a Turquia e o Líbano. EFE