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Dez suspeitos são presos por assassinato de jornalista em Malta

Daphne Caruana Galizia, que denunciava casos de corrupção do governo, morreu em uma explosão no dia 16 de outubro

Por Da redação
4 dez 2017, 15h56

Dez suspeitos de terem assassinado a jornalista Daphne Caruana Galizia foram presos, confirmou o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat. Daphne era uma importante jornalista do país que denunciava casos de corrupção em seu blog e foi assassinada no dia 16 de outubro, com a explosão de seu carro.

Em uma coletiva de imprensa, Muscat informou que oito pessoas foram detidas em três diferentes partes da ilha. Mais tarde, ele publicou em seu Twitter que outras duas pessoas estão sob custódia.

Os suspeitos foram presos em uma operação conjunta da polícia e militares malteses com o FBI, a Europol e os serviços de segurança da Finlândia e da Holanda. Após a prisão, a polícia tem 48 horas para interrogar os acusados.

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Muscat disse que não poderia dar maiores informações sobre os suspeitos ou as evidências contra eles, mas garantiu seu “compromisso pessoal” de que todos os culpados seriam encontrados. O filho de Daphne, Matthew, falou ao The Guardian que sua família se “encontrava no escuro” sobre as prisões. Os parentes da jornalista entraram com ações legais contra a polícia maltesa com a alegação que a investigação esta sendo imparcial e independente, pois Daphne havia escrito artigos críticos contra o oficial responsável pela investigação, Silvio Valletta, e sua esposa, Justyne Caruana, uma importante ministra do país. Segundo a família, poderia ocorrer um conflito de interesse na investigação oficial.

Daphne Caruana Galizia, de 53 anos, revelou a participação de membros do governo de Malta no escândalo fiscal Panama Papers. Muscat, que é primeiro-ministro desde 2013, adiantou em um ano as eleições depois que seu ministro da Energia, seu chefe de gabinete e até mesmo sua esposa foram acusados ​​de terem contas em paraísos fiscais.

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No início deste ano, a revista americana Politico colocou Caruana Galizia entre as “28 personalidades que fazem a Europa avançar”, descrevendo-a como um “WikiLeaks inteiro em uma única mulher, que realizou uma cruzada contra a falta de transparência e corrupção em Malta”.

Duas semanas antes do seu assassinato, a jornalista prestou queixa na polícia em razão de ameaças. “Há canalhas para todos os lados para onde você olha agora. A situação é desesperadora”, escreveu em uma postagem meia hora antes de sua morte. O governo chegou a oferecer 1 milhão de euros (3,84 milhões de reais) para quem fornecesse informações sobre os responsáveis pela morte.

(com AFP)

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