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Delegado da Copa do Mundo do Catar diz que homossexuais têm ‘dano mental’

Khalid Salman, ex-jogador de futebol do Catar e embaixador da Copa, disse que ser gay é proibido e estrangeiros devem respeitar a lei no país

Por Da Redação
Atualizado em 8 nov 2022, 12h38 - Publicado em 8 nov 2022, 09h47

Um embaixador da Copa do Mundo do Catar disse à emissora de televisão alemã ZDF que a homossexualidade era equivalente a um “dano na mente”, enquanto o Estado do Golfo se prepara para sediar o torneio global em menos de duas semanas.

Em uma entrevista filmada em Doha, que será exibida na terça-feira, o ex-jogador de futebol do Catar Khalid Salman abordou a questão da homossexualidade, que é ilegal no país muçulmano conservador. Alguns jogadores de futebol levantaram preocupações sobre os direitos dos torcedores que viajam para o evento, especialmente pessoas LGBTQIA+ e mulheres, que grupos de direitos humanos dizem que as leis do Catar discriminam.

+ Copa do Mundo: Austrália é primeira seleção a criticar abertamente o Catar

O país espera mais de 1 milhão de visitantes para a Copa do Mundo.

“Eles têm que aceitar nossas regras aqui”, disse Salman, em um trecho da entrevista. “(Homossexualidade) é haram. Você sabe o que significa haram (proibido)?”, disse ele.

+ Dúvida cruel: é moralmente aceitável ver a Copa do Mundo do Catar?

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“Eu não sou um muçulmano estrito, mas [homossexualidade] é haram porque é um dano na mente”.

A entrevista foi interrompida por um funcionário que o acompanhava. Os organizadores da Copa do Mundo do Catar não comentaram o ocorrido.

A Fifa defendeu repetidamente que todos são bem-vindos no Catar durante a Copa do Mundo. Na semana passada, a autoridade do futebol emitiu um comunicado pedindo “foco no futebol, não em política”, durante o evento.

O Catar é o primeiro país do Oriente Médio a sediar a Copa do Mundo, mas a pequena nação tem sofrido intensa pressão nos últimos anos pelo tratamento dado a trabalhadores estrangeiros e leis restritivas. O histórico de direitos humanos do país levou a pedidos para que equipes e autoridades boicotassem o campeonato de 20 de novembro a 18 de dezembro.

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