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Daniel Noboa é eleito presidente do Equador em pleito repleto de violência

O empresário outsider se tornou o líder mais jovem do país; primeiro turno foi marcado pelo assassinato de um dos candidatos, Fernando Villavicencio

Por Da Redação
16 out 2023, 10h27
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  • Ecuador's presidential candidate for the National Democratic Action Party, Daniel Noboa celebrates next to his wife Angela Lavinia Valbonesi after learning the first results of the presidential runoff election in Olon, Santa Elena province, Ecuador, on October 15, 2023. Banana empire heir Daniel Noboa, 35, took the lead in Ecuador's presidential election over his socialist rival Luisa Gonzalez with 52 percent of votes cast, according to the electoral authority. (Photo by MARCOS PIN / AFP)
    Herdeiro do império da banana Daniel Noboa (esq.), de 35 anos, assumiu a liderança nas eleições presidenciais do Equador sobre sua rival socialista Luisa Gonzalez com 52% dos votos (Marcos Pin/AFP)

    O empresário Daniel Noboa, 35 anos, foi eleito nesta segunda-feira, 16, o presidente mais jovem da história do Equador, após vencer o segundo turno nas eleições de domingo 15.

    Com quase todos os votos contados, Noboa, um centrista, ganhou por uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre a sua rival de esquerda, Luisa González. Ela reconheceu sua derrota e parabenizou o novo presidente.

    No seu discurso de vitória, Noboa disse que iria “devolver o sorriso e a paz ao país”.

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    A campanha eleitoral foi ofuscada por níveis de violência sem precedentes, que levaram ao assassinato de um dos candidatos, Fernando Villavicencio, poucos dias antes do primeiro turno, em agosto. A taxa de homicídios no Equador quadruplicou entre 2018 e 2022 e as pesquisas de opinião antes do pleito revelaram que a segurança era a principal preocupação dos eleitores.

    Ladeado por soldados fortemente armados na sua sede eleitoral em Olon, província de Santa Elena, Noboa disse que “amanhã começaremos a trabalhar por um novo Equador, para reconstruir um país fustigado pela violência, pela corrupção e pelo ódio”.

    Analistas salientam que o empresário, que tem pouca experiência política, terá dificuldades para resolver o problema de segurança do Equador, bem como o baixo crescimento econômico do país, durante o seu limitado período no cargo. Embora os mandatos presidenciais equatorianos durem normalmente quatro anos, estas eleições foram antecipadas devido à dissolução do parlamento pelo presidente cessante, Guillermo Lasso, diante de um processo de impeachment.

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    Noboa cumprirá o mandato iniciado por Lasso, que terminará em maio de 2025. Depois, ele poderá concorrer a um segundo mandato.

    Durante a sua campanha, o novo líder do Equador prometeu combater as poderosas gangues do país, muitas das quais operam dentro de prisões, colocando os criminosos mais perigosos em navios-prisão ao largo da costa do país. Ele também garantiu que aumentará a segurança nas fronteiras e nos portos equatorianos, para paralisar as principais rotas de tráfico de drogas.

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    Sua proposta para a economia do país, imersa em uma crise desde a pandemia, é aumentar as oportunidades de emprego para os jovens, em particular através da parceria público-privada com a criação de incentivos para empresas nacionais e estrangeiras.

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    Formado pela Universidade de Harvard, o candidato centrista ganhou popularidade entre os jovens eleitores com falta de perspectivas para o futuro. Mas, enquanto se apresenta como uma alternativa aos políticos do establishment, seus críticos salientam que ele vem de uma das famílias mais poderosas do Equador.

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    O jovem Noboa é filho e herdeiro do magnata da banana Álvaro Noboa, que tentou – mas não conseguiu – ser eleito presidente cinco vezes.

    A sua vitória é vista por muitos no Equador como um sintoma do cansaço dos eleitores em relação ao Movimento da Revolução Cidadã e ao seu líder, Rafael Correa. Na Presidência de 2007 a 2017, ele depois foi condenado por irregularidades de campanha e vive exilado na Bélgica, mas continua a exercer uma influência considerável na política equatoriana.

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    Luisa González foi a candidata escolhida a dedo por Correa e prometeu restabelecer muitos dos programas sociais que o mentor tinha introduzido durante o seu mandato. Embora a advogada de 45 anos tenha ficado em primeiro lugar no primeiro turno, não conseguiu conquistar novos eleitores suficientes antes da segunda votação, sendo rejeitada especialmente pelos jovens.

    Após a sua derrota, no entanto, González emitiu uma nota conciliatória.

    “Para aqueles que não votaram em nós, felicito-os porque o seu candidato venceu e, como equatorianos, eu os abraço”, disse ela. “Isto é a democracia”, acrescentou.

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