A socialite britânica Ghislaine Maxwell, acusada de ser cúmplice nos casos de abuso sexual envolvendo Jeffrey Epstein, começará a ser julgada nesta segunda-feira, 29, na cidade de Nova York, Estados Unidos.
A ex-namorada do bilionário, que se suicidou em um centro de detenção enquanto aguardava julgamento, poderá receber uma pena longa se o júri a considerar culpada de recrutar menores de idade para Epstein.
As acusações derivam das alegações de quatro mulheres que afirmam terem sido vítimas do casal na adolescência, entre os anos de 1994 e 2004. Os promotores afirmam que há evidências suficientes de que ela sabia que as vítimas eram menores de idade — uma delas de 14 anos — e, mesmo assim, planejou o encontro nas casas do bilionário nos Estados Unidos e Inglaterra.
Maxwell foi acusada em junho de 2020 e presa após ser encontrada em sua propriedade avaliada em 1 milhão de dólares em New Hampshire, onde havia ficado escondida durante a pandemia do coronavírus.
A socialite de 59 anos se declarou inocente de todas as oito acusações que enfrenta, incluindo tráfico sexual e perjúrio, e definiu as reivindicações como uma “mentira absoluta”. Caso seja considerada culpada, sua pena máxima pode chegar a 80 anos de prisão.
Em defesa, seus advogados dizem que ela foi apenas um peão na mão do bilionário e que as acusações são um desejo do público e da justiça em encontrar um culpado para os crimes depois do suicídio de Epstein.
Ghislaine Maxwell é filha do magnata britânico Robert Maxwell, morto em 1991 enquanto enfrentava acusações de saques ilegais dos fundos de pensão de seus negócios. A socialite tem cidadania americana, inglesa e francesa e teve repetidas vezes o pedido de fiança negado.