Cuba convoca 28.000 estudantes de medicina para combater coronavírus
Universitários visitaram 1 milhão de pessoas, de casa em casa, até quinta-feira 19; país tem 16 casos confirmados e uma morte
O regime cubano anunciou nesta sexta-feira, 20, que convocou cerca de 28.000 estudantes de medicina para participar de uma “pesquisa ativa” nas cidades da ilha. Objetivo é encontrar casos suspeitos de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, antes que a epidemia se espalhe pelo país caribenho.
A tarefa delegada aos universitários consiste em ir de casa em casa para identificar os casos suspeitos e reportar ao Ministério da Saúde Pública (Minsap). Mais de 1 milhão de pessoas foram atendidas até a quinta-feira 19 e “vários casos importantes de infecções respiratórias agudas” foram detectados, segundo o reitor da Universidade de Ciências Médicas de Havana, Jorge González, em entrevista coletiva.
“Essa atividade não consiste em realizar nenhum exame ou ter qualquer contato físico com as pessoas (…) Nós nem orientamos a entrada nas casas, mas manter a distância”, ressaltou González. Os dados coletados, então, são entregues ao Minsap, responsável “por realizar uma profunda investigação epidemiológica”.
Ao todo, Cuba tem 16 casos confirmados de Covid-19, sendo a maioria deles de idosos que vieram de regiões fortemente atingidas pela doença, como a Itália e França. No entanto, a ilha registra apenas uma morte.
A vítima, de 65 anos, era um dos quatro turistas italianos que chegaram a Cuba e apresentaram os sintomas de febre, tosse seca e dor no peito. Em um primeiro momento, os médicos cubanos disseram que a evolução dos três casos confirmados era “favorável” e que nenhum estava em perigo de morte.
Classificada como pandemia pela Organização das Nações Unidas (OMS), o novo coronavírus já atingiu 160 países infectando 209.863 e matando 8.778. Segundo o boletim diário da OMS, somente na quinta-feira 19 foram identificados, fora da China, novos 16.556 infectados.