Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cruz Vermelha negocia trégua na Síria e Damasco envia reforços a Homs

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou nesta segunda-feira que está negociando com as autoridades sírias “uma suspensão das hostilidades” para levar ajuda humanitária, enquanto Damasco enviou reforços a Homs (centro), cidade rebelde que permanece sob bombardeio. Na “capital da revolução”, alvo de bombardeios pelo 16º dia consecutivo e aonde chegaram reforços de tropas […]

Por Da Redação
20 fev 2012, 20h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou nesta segunda-feira que está negociando com as autoridades sírias “uma suspensão das hostilidades” para levar ajuda humanitária, enquanto Damasco enviou reforços a Homs (centro), cidade rebelde que permanece sob bombardeio.

    Publicidade

    Na “capital da revolução”, alvo de bombardeios pelo 16º dia consecutivo e aonde chegaram reforços de tropas no domingo, os militantes pediram que seja permitida a retirada de mulheres e crianças de Baba Amr, bairro mais afetado pelos ataques.

    Publicidade

    Enquanto isso, o presidente Bashar al-Assad reiterou que está convencido que a oposição é financiada e armada por países estrangeiros.

    O CICV estuda uma forma de levar ajuda à população, incluindo “a suspensão das hostilidades nas áreas mais afetadas para facilitar o acesso do Crescente Vermelho Sírio e do CICV às populações necessitadas”, declarou o porta-voz Bijan Farnoudi.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Entre as possibilidades contempladas, mencionou “a interrupção dos combates nas áreas mais afetadas”, mas não deu maiores detalhes porque “o conteúdo dessas negociações” com as autoridades sírias e a oposição armada “é confidencial”.

    Nesta segunda-feira, pelo menos 16 pessoas morreram em episódios de violência na Síria, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Nove civis morreram no bombardeio a Homs, dos quais cinco no bairro de Baba Amr, o mais atingido desde o começo da ofensiva das forças do regime em 4 de fevereiro, e quatro no de Al-Malaab.

    Publicidade

    Cinco militares morreram na região de Hama (centro) e em Idleb, assim como um civil em Hama, segundo a mesma fonte. Um empresário ligado ao regime foi assassinado em Aleppo (norte).

    Continua após a publicidade

    Mais de 6.000 pessoas morreram em onze meses de repressão na Síria, segundo a ONU.

    Publicidade

    Em Damasco, que nos últimos dias foi cenário de manifestações sem precedentes, os serviços de segurança eram mantidos em estado de alerta.

    Nesta segunda-feira, jovens içaram a “bandeira da independência” da Síria na ponte Al-Jawzeh, na entrada sul da capital, segundo um vídeo divulgado por militantes.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Desde o início da revolta, em meados de março de 2011, o regime se nega a reconhecer a amplitude do protesto e responsabiliza grupos terroristas pela violência.

    “O Estado e a sociedade síria são alvos de grupos terroristas armados que recebem ajuda financeira e armas de atores estrangeiros para desestabilizar o país e acabar com qualquer tentativa de se chegar a soluções”, reiterou Assad ao receber nesta segunda o presidente da comissão de Relações Exteriores do Parlamento russo, Alexei Pushkov, informou a agência oficial Sana.

    Pushkov reiterou o apoio de seu país às “reformas realizadas na Síria” e defendeu uma “solução política” para o conflito “baseada no diálogo (…) e sem ingerências” externas.

    Continua após a publicidade

    Moscou, ao lado de Pequim, vetou duas vezes uma resolução condenando a repressão síria no Conselho de Segurança da ONU.

    Frente a um panorama que se deteriora a cada dia, a comunidade internacional segue dividida em relação à Síria e não parece disposta a atuar além das condenações.

    O Conselho Nacional Sírio (CNS), a maior formação opositora ao regime sírio, participará na sexta-feira da conferência internacional sobre a crise na Síria que será realizada na Tunísia, anunciou nesta segunda-feira em Roma o ministro tunisiano das Relações Exteriores, Rafik Abdessalem.

    Continua após a publicidade

    O ministro reconheceu que nenhum país deseja uma intervenção militar, mas também admitiu que ninguém quer “que se repita na Síria o que ocorreu no Iraque”, referindo-se ao conflito interno desencadeado nesse país após a intervenção militar das potências estrangeiras.

    No entanto, o senador americano e ex-candidato à Casa Branca, John McCain pediu nesta segunda-feira que a oposição seja abastecida de armas para “ajudá-la a se defender”, embora não tenha pedido uma ajuda direta dos Estados Unidos.

    As autoridades sírias libertaram nesta segunda importantes membros da oposição, segundo um advogado pró-direitos humanos. Eles são a blogueira Razan Ghazaoui, detida na quinta, e o cineasta Firas Fayad, detido desde novembro.

    Organizações e movimentos laicos convocaram um protesto na terça-feira diante do Parlamento de Damasco contra uma referência ao Islã no projeto de Constituição que será submetido a referendo no dia 26 de fevereiro.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.