Considerada fundamental por democratas e republicanos, o estado da Geórgia registrou recorde de votação antecipada.
Ao abrir as urnas para a votação nesta terça-feira, 5, impressionantes 56% dos 7,2 milhões de moradores do estado já haviam feito sua escolha entre Kamala Harris ou Donald Trump.
Essa antecipação, afirmam analistas, vai acelerar a contagem das urnas.
De acordo com Secretaria de Estado da Geórgia, o órgão eleitoral local, quando as urnas fecharem, às 19h (horário local, 21h de Brasília), 70% dos boletins de voto estarão prontos para serem apurados.
Ainda segundo a Secretaria de Estado, 3,8 milhões de eleitores optaram pela voto antecipado e 265 000 votaram em ausência.
Nos centros de votação, que abriram às 7h (5h de Brasília), estão aptos a depositar a cédula 3 milhões de pessoas.
Com 16 delegados no Colégio Eleitoral, a Geórgia é um dos sete swing states, os estados que são decisivos porque não possuem maioria democrata ou republicana.
Além dela, também são swing states Nevada, Arizona, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte.
Em 2020, o atual presidente, Joe Biden, se tornou o primeiro democrata a vencer na Geórgia desde 1992, quando Bill Clinton conseguiu o feito.
Biden venceu por uma margem muito pequena — cerca de 12 mil votos — o que representou menos de 0,5% do total de votos no estado.
Devido à margem apertada da vitória de Biden, o estado foi obrigado a fazer uma recontagem manual dos votos. Essa recontagem confirmou a vitória de Biden, mas a margem mudou ligeiramente devido a erros menores de contagem em alguns condados.
Além da recontagem inicial, houve mais duas recontagens e auditorias no estado. Cada uma delas confirmou novamente o resultado em favor de Biden.
O então presidente Donald Trump e seus aliados levantaram alegações de fraude na Geórgia, insistindo que o resultado não era legítimo. Foram feitas diversas acusações, que incluíam supostos problemas com cédulas e máquinas de votação.
No entanto, várias investigações e auditorias não encontraram evidências de fraude significativa que pudesse alterar o resultado.
Trump e aliados também pressionaram líderes locais, como o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, para “encontrar votos” suficientes para reverter a vitória de Biden.
Isso gerou grande controvérsia e até investigações subsequentes sobre a pressão exercida sobre as autoridades estaduais.
Além da disputa presidencial, as eleições para o Senado na Geórgia também foram definidoras. Os dois assentos do Senado do estado estavam em disputa, e nenhuma das eleições resultou em maioria absoluta para nenhum candidato, o que levou a um segundo turno em janeiro de 2021.
No segundo turno, ambos os candidatos democratas, Jon Ossoff e Raphael Warnock, venceram seus adversários republicanos, dando ao Partido Democrata o controle do Senado (com um total de 50 cadeiras, mais o voto de desempate da vice-presidente, Kamala Harris).