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Cristina Kirchner passa bem em seu 1º dia após a cirurgia

Ela permanecerá internada por mais 48 horas e está de licença até 24 de janeiro

Por Da Redação
5 jan 2012, 14h43

A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, passou bem em seu primeiro dia após a cirurgia para retirada da tireóide: voltou a se alimentar, a caminhar e está animada, segundo relatório médico divulgado nesta quinta-feira. A presidente, porém, permanecerá internada por mais 48 horas e está de licença até o dia 24 de janeiro, para se recuperar e realizar o pós-operatório adequadamente.

“Os controles clínicos e os estudos de laboratório realizados se encontram dentro dos parâmetros normais”, acrescentou o breve boletim, lido nas portas do hospital Austral pelo porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro, que não permitiu que fossem feitas perguntas.

A governante, de 58 anos, descansou “normalmente” durante a noite após se submeter a uma tiroidectomia total em função da detecção de um tumor no lóbulo direito da glândula. A operação, que durou três horas, ocorreu sem inconvenientes e de acordo com o plano previsto pela equipe médica, liderada pelo cirurgião Pedro Saco, do hospital Austral, um dos mais avançados do país.

As boas notícias sobre a evolução da presidente foram recebidas com aplausos e gritos de “bravo” por dezenas de simpatizantes que se encontram desde quarta-feira nas imediações do hospital, localizado a cerca de 60 quilômetros de Buenos Aires. O acesso ao local está cheio de bandeiras argentinas, cartazes e fotografias de Cristina e de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner. Além disso, foram improvisados altares com imagens de Cristo e Nossa Senhora de Luján, patrona da Argentina.

Recuperação – O câncer de tireóide, que não requer quimioterapia, tem uma possibilidade de recuperação superior a 90% e é tratado com cirurgia e iodo radioativo. Após a operação, Cristina terá que tomar hormônios para o resto da vida para suprir a carência da glândula, mas poderá ter uma vida normal.

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Apesar da discrição com que todo o procedimento médico foi realizado, nas últimas horas os meios de comunicação argentinos revelaram alguns segredos sobre a intervenção. Cristina ocupa o quarto 217 do hospital Austral, que disponibilizou vários cômodos contíguos para que os filhos da presidente, Máximo e Florencia, sua mãe, Ofelia Wilheim, e sua irmã, Giselle Fernández, pudessem descansar.

Além disso, a equipe médica passou a noite anterior num hotel próximo ao hospital protegidos pela segurança presidencial, e seus membros tiveram que assinar um documento de confidencialidade. Pedro Saco “não estava nervoso, mas sentia que era uma grande responsabilidade operar a presidente”, disse Ricardo Kirchuch, médico que acompanhou o cirurgião durante a operação.

Dirigentes peronistas e membros do governo respeitaram os desejos de intimidade expressados pela presidente e por seus dois filhos e se informaram dos acontecimentos apenas por telefone. Nem mesmo o vice-presidente, Amado Boudou, quem assumiu a chefia do executivo durante a licença da governante, foi ao hospital, que continua protegido por um forte aparato de segurança.

Apoio – Flores e mensagens de otimismo foram enviadas à Casa Rosada, ao hospital e à residência presidencial, por simpatizantes, opositores e dirigentes da América Latina. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, quem também se recupera de um câncer, enviou nesta quarta-feira um enorme orquídea fúcsia e violeta, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou por carta sua alegria pelo êxito da operação.

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Nos Estados Unidos, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manteve-se informada sobre a evolução de Cristina. O ex-craque Diego Maradona manifestou seu contentamento com o sucesso da cirurgia e disse que dedicaria à presidente as vitórias do time que dirige nos Emirados Árabes, o Al Wasl.

Enquanto isso, o governo segue a orientação da líder e mantém sua atividade habitual. Boudou receberá nesta quinta-feira o ministro da Economia, Hernán Lorenzino; o ministro do Interior, Florencio Randazzo, anunciará um sistema de identificação para bebês; e o de Agricultura, Norberto Jaouhar, está envolvido com a seca que atinge o país.

(Com agência EFE)

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