Crise na Ásia: Coreia do Sul cancela reuniões com o Japão
Visita do premiê japonês a santuário que lembra os soldados mortos no período imperial do país provocou mal-estar entre os vizinhos subjugados no passado
A visita do premiê japonês Shinzo Abe ao santuário militar de Yasukuni na semana passada continua a provocar reações indignadas dos países vizinhos. Após afirmar que a atitude de Abe prejudicava as relações entre as duas nações, a Coreia do Sul decidiu cancelar uma série de reuniões estratégicas agendadas com o Japão.
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Proposta pelo governo japonês, a rodada de encontros aconteceria na primeira metade de 2014 e trataria de temas de segurança. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, entre as atividades previstas, estava a assinatura de um memorando de entendimento militar que tinha como objetivo a troca de informações entre os dois países.
Visita – No último domingo, Abe esteve por trinta minutos no controverso santuário, que presta homenagem aos soldados do Exército Imperial japonês mortos entre 1853 e 1945 – entre eles, 14 criminosos da II Guerra Mundial. A visita irritou Coreia do Sul e China, países que sofreram com as atrocidades cometidas durante a ocupação do Japão imperial em seus territórios.
Na tentativa de acalmar os ânimos, o premiê negou que o objetivo da visita fosse venerar criminosos de guerra, e assegurou que só pretendia homenagear os que perderam a vida pelo Japão.