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Cresce suspeita de fraude nos resultados das eleições na Bolívia

"Se uma guerra civil ocorrer neste país, é de responsabilidade do governo", afirma líder de organização civil

Por Da Redação
21 out 2019, 18h22
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  • A suspeita de fraude nos resultados eleitorais a favor do presidente Evo Morales se intensificou na Bolívia e na comunidade internacional nesta segunda-feira, 21. Muitos bolivianos participaram de vigílias em torno de algumas sedes regionais dos tribunais eleitorais, que ainda não confirmaram se haverá um segundo turno.

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    Sem os dados dos votos das áreas rurais e do exterior, com os quais Morales conta para vencer no primeiro turno, o Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP) não havia atualizado até o início da tarde os resultados preliminares.

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    Até o momento da interrupção da apresentação dos dados, no domingo 20 à noite, Morales, que está no poder desde 2006 e busca o quarto mandato consecutivo, tinha 45,28% contra 38,16% do segundo colocado, o ex-presidente Carlos Mesa. Cerca de 85% dos votos haviam sido apurados nesse cenário que indicava a necessidade de um segundo turno, a ser realizado em 15 de dezembro.

    Para ser eleito em primeiro turno, Morales precisa conseguir mais de 50% dos votos válidos dos votos válidos ou, pelo menos, 40% e dez pontos percentuais de vantagem contra o segundo colocado.

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    Candidato presidencial da oposição, Mesa denunciou nesta segunda-feira a suposta intenção de Morales de “manipular” o resultado das eleições. “O governo está tentando, através do Tribunal Supremo Eleitoral, eliminar o caminho para o segundo turno”, afirmou em coletiva de imprensa.

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    Em um cenário de polarização, o segundo turno se transformaria em uma espécie de referendo para Morales sobre seus quase 14 anos de governo, afirmou Mesa, durante a coletiva de imprensa onde classificou de “triunfo inquestionável” sua participação no segundo turno.

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    Waldo Albarracín, líder do Conade, uma organização civil, alertou que o governo está gerando um clima de instabilidade e disse que “se uma guerra civil ocorrer neste país, é de responsabilidade do governo”.

    “Nenhum de nós está interessado em inflamar o ambiente”, declarou o ministro da Comunicação, Manuel Canelas.

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    Reação internacional

    Preocupada com a interrupção na divulgação dos dados, a missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu no Twitter ao TSE que explique por que motivo interrompeu a transmissão dos resultados preliminares e que o processo de publicação dos dados da apuração aconteça de maneira fluida.

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    Logo após o pedido, o chanceler boliviano, Diego Pary, e os observadores da OEA “acordaram estabelecer uma equipe de acompanhamento permanente do processo de contagem oficial de votos” das eleições, respondeu o ministério boliviano das Relações Exteriores na mesma rede social.

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    Diante do cenário de dúvidas, o governo dos Estados Unidos se somou aos pedidos para que a Bolívia restabeleça a “credibilidade e a transparência” do processo eleitoral.

    O Itamaraty, através de seu perfil oficial no Twitter, disse que a interrupção na contagem dos votos “preocupa muito” e que espera que se dê continuidade ao processo de apuração com “transparência e lisura”.

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    (Com AFP)

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