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Evo Morales lidera eleição na Bolívia, mas irá para 2º turno inédito

Em sua tentativa de obter um quarto mandato, presidente obteve 45,38% dos votos, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, com 38,16%

Por AFP
20 out 2019, 21h59

Evo Morales lidera as eleições presidenciais deste domingo, 20, na Bolívia com 45,38% dos votos, seguido pelo ex-presidente Carlos Mesa, com 38,16%, o que indica a realização de um segundo turno inédito na história do país. O resultado preliminar foi apresentado pela presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, María Eugenia Choque, após a apuração de 84% das urnas.

Em terceiro lugar, em resultado surpreendente, aparece o pastor evangélico Chi Hyun Chung, nascido na Coreia do Sul, com 8,77% dos votos. Ele é conhecido como o “Bolsonaro boliviano”. A quarta posição ficou com o senador da oposição Óscar Ortiz (4,41%).

A votação transcorreu com tranquilidade. Uma força combinada de mais de 40 mil policiais e militares patrulhou a cidade de La Paz, sem relatos de episódios de violência. O chefe da missão de observadores da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), o costa-riquenho Hugo Picado, afirmou que o processo eleitoral na Bolívia avança em ordem.

As pesquisas apontavam um leve favoritismo de Morales sobre seu principal rival, o ex-presidente Carlos Mesa.

Morales apresentou conquistas sociais e econômicas durante a campanha, mas também foi afetado por escândalos de corrupção e acusações de uma guinada autoritária. Ao contrário das três últimas eleições, a partir de 2006, desta vez ele não tem uma vitória tranquila garantida no primeiro turno.

Depois de votar em Chapare (departamento de Cochabamba), o presidente expressou confiança e otimismo. “Acabo de votar, como me corresponde, e aproveito esta oportunidade para convocar o povo boliviano a participar desta festa democrática”, disse.

Mesa era o único dentre os oito candidatos que tinha chances de derrotar o presidente. Do partido de centro Comunidade Cidadã (CC), Mesa se reuniu no sábado com observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) para expressar suas dúvidas sobre a transparência da votação, acusando o Tribunal Eleitoral de parcialidade.

Em respostas por escrito enviadas à agência France-Presse na sexta-feira, 18, Mesa denunciou que a Bolívia tem “um partido que controla todos os órgãos do Estado, inclusive o eleitoral” e que “não há entre seus princípios o respeito pelas regras da democracia”.

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Além disso, Mesa disse que a Bolívia tem “um Tribunal Eleitoral que demonstrou um claro viés em relação à candidatura do MAS (partido do governo). Portanto, é muito provável que sejam feitas tentativas de afetar o resultado da votação, especialmente nas áreas rurais e em algumas cidades do exterior”.

Ao votar, Mesa reiterou os temores. “Não confio na transparência do processo, o Tribunal Supremo Eleitoral demonstrou que é um braço operacional do governo, nossa desconfiança é muito alta”, afirmou à imprensa depois depositar seu voto em um bairro da zona sul de La Paz.

A presidente do TSE, María Eugenia Choque, ressaltou as garantias de transparência do processo. “A população pode ficar tranquila porque foram adotadas as medidas necessárias para resguardar o voto”, afirmou Choque.

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