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Covid-19: EUA vão compartilhar vacinas após atender necessidades internas

Secretário de Saúde do país afirmou que 'primeira prioridade' é o uso nos Estados Unidos, seguida de uma 'distribuição justa' no resto do mundo

Por Redação
Atualizado em 10 ago 2020, 16h53 - Publicado em 10 ago 2020, 15h56
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  • O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, afirmou nesta segunda-feira, 10, que qualquer vacina americana ou tratamento para a Covid-19 serão compartilhados com o restante do mundo assim que as necessidades dos americanos forem atendidas.

    “Nossa primeira prioridade, claro, é desenvolver e produzir quantidade suficiente de vacinas e tratamentos seguros e efetivos, aprovados para uso nos Estados Unidos”, afirmou Azar durante visita oficial a Taiwan, território autônomo cuja soberania é disputada pela China.

    “Mas esperamos ter a capacidade para que, assim que essas necessidades forem atendidas, esses produtos estejam disponíveis na comunidade mundial, de acordo com distribuições justas e equitativas”, acrescentou o secretário.

    Azar disse que o governo americano “consultaria” a comunidade internacional para compartilhar uma vacina para a Covid-19 com outros países, sem especificar mais sobre a questão.

    Já existe um esquema elaborado para a distribuição rápida e justa de uma eventual vacina pelo mundo, o Covax Facility, que conta com o suporte da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de outras instituições internacionais, como o Banco Mundial e o Unicef.

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    Setenta e cinco países, dentre eles o Brasil, já se comprometeram a financiar publicamente vacinas que, se bem-sucedidas, serão distribuídas por esse esquema. Até o momento, os Estados Unidos não fazem parte do Covax Facility.

    Há mais de 200 possíveis vacinas para a Covid-19 em desenvolvimento ao redor do mundo, incluindo mais de vinte na fase de testes em humanos. O governo americano aposta que haverá uma vacina até novembro deste ano.

    Saída da OMS

    O secretário ressaltou que os americanos continuarão sendo peças importantes na cooperação internacional na área da saúde mesmo após a saída da OMS. A decisão do presidente americano, Donald Trump, foi tomada em julho e é vista por juristas como reversível.

    “Trabalharemos com outros na comunidade mundial para encontrar os veículos apropriados para continuar apoiando a saúde pública global”, disse Azar.

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    Segundo a Forbes, os americanos são os que mais contribuem com o orçamento do órgão – apenas nos primeiros três meses de 2020, investiram cerca de 115 milhões de dólares (627 milhões de reais), o que corresponde a mais de 30% dos fundos dos dez maiores colaboradores no período. Em comparação, a China, em segundo lugar, contribuiu com apenas 57,4 milhões de dólares.

    Viagem a Taiwan

    Azar se tornou nesta semana a primeira autoridade americana de alto escalão a visitar Taiwan desde 1979, quando os Estados Unidos cortaram seus laços formais com a ilha e estabeleceram relações diplomáticas com Pequim.

    Em um comunicado divulgado no final de semana, o Departamento de Saúde considerava a visita uma oportunidade para fortalecer a cooperação econômica e de saúde pública com Taiwan, e destacar seu sucesso na luta contra a pandemia da Covid-19.

    “Taiwan tem sido um modelo de transparência e cooperação na saúde global”, disse o secretário na semana passada.

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    Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na semana passada que a China “se opõe firmemente às interações oficiais entre os Estados Unidos e Taiwan”, sem mencionar Azar pelo nome.

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    (Com Reuters)

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