Roma, 19 jan (EFE).- A companhia Costa Cruzeiros, proprietária do cruzeiro ‘Costa Concordia’, que naufragou na sexta-feira passada em frente à ilha de Giglio, causando até o momento a morte de onze pessoas, apresentou-se nesta quinta-feira como ‘parte afetada’ do acidente.
Além disso, a Costa Cruzeiros comunicou que suspendeu o capitão do cruzeiro, Francesco Schettino, atualmente sob prisão domiciliar, acusado de homicídio culposo múltiplo e abandono da embarcação.
O advogado da companhia, Marco de Luca, confirmou que apresentou a promotoria de Grosseto, responsável pelas investigações, sua posição de parte afetada pelas perdas ‘do ponto de vista patrimonial’ após o naufrágio.
De Luca ressaltou, no entanto, que os danos da empresa não podem ser comparados aos dos passageiros nem à dor das vítimas. A companhia manifestou em várias ocasiões que o acidente aconteceu devido a ‘um erro humano’, ocorrido quando o comandante decidiu mudar a rota para se aproximar da ilha de Giglio e se chocou contra uma formação rochosa.
Segundo a Costa Cruzeiros, a mudança de direção não foi aprovada nem pela companhia nem pela Capitania dos Portos. Após a suspensão do comandante, o próximo passo deverá ser sua demissão.
Num primeiro momento, a empresa disse que se ocuparia da sua defesa, mas De Luca explicou que após saber das circunstâncias do acidente não dará mais assistência legal ao comandante.
Em entrevista coletiva na segunda-feira passada, o presidente da Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, calculou os danos da companhia em US$ 93 milhões, estimativa que ainda não contabiliza o valor dos seguros que deverão ser pagos aos passageiros. EFE