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Coronavírus: no sul da Índia, o jeito gentil de mostrar o perigo

Para enfatizar a necessidade de isolamento, o guarda Rajesh Babu pôs na cabeça uma, digamos, escultura que representa a ameaça

Por Lizia Bydlowski
Atualizado em 3 abr 2020, 10h12 - Publicado em 3 abr 2020, 06h00

Como se implementa uma ordem de não sair de casa a 1,3 bilhão de pessoas? Na Índia, onde o isolamento social obrigatório entrou na segunda das três semanas previstas, a polícia vem inovando nas fórmulas para desanimar infratores — que, aliás, não são poucos. O decreto baixado sem aviso fechou todo o comércio e os serviços não essenciais e limitou os transportes, obrigando milhares a empreender longas caminhadas para casa. Nos primeiros dias, policiais foram vistos brandindo cassetetes na direção de indianos que circulavam a bordo de motocicletas. Em outros pontos, quem fosse pego na rua era obrigado a fazer polichinelo e agachamentos na calçada. Agora, pelo jeito, é a vez de o good cop entrar em cena. Em Chennai, no sul do país, para enfatizar a necessidade de ninguém sair de casa, o guarda Rajesh Babu pôs na cabeça uma, digamos, escultura que representa o novo coronavírus — obra de um artista local feita de jornal e lenço de papel. A todo mundo que parava, ele repetia: “Você sai, eu entro”. A ação de Babu, é claro, viralizou (com o perdão da expressão) nas redes sociais. A moda pegou e no mesmo dia a “coroa” começou a ser replicada na cabeça de policiais em outras partes do país. Na quarta-feira 1º, a Índia, onde multidões moram na rua e o saneamento é precário, registrava mais de 1 600 casos confirmados e 38 mortes. Especialistas suspeitam que os números sejam muito maiores, já que poucos estão sendo testados e muitos, mesmo com sintomas, nem sequer buscam os postos de um dos sistemas de saúde mais inoperantes do mundo.

Publicado em VEJA de 8 de abril de 2020, edição nº 2681

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