Mais da metade da população mundial recebeu orientação para ficar em casa e respeitar o isolamento social como forma de combater a pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, segundo o jornal americano The New York Times. Em todo o planeta, mais de 1 milhão de pessoas foram infectadas.
As medidas de isolamento social implantadas por diversos governos ao redor do mundo têm como objetivo achatar a curva de contágio e diminuir a taxa de mortalidade de um vírus que já deixou mais de 56.000 mortos, mas que pode chegar a milhões.
A Imperial College London, uma instituição de pesquisas britânica da qual os países ao redor do mundo baseiam suas medidas contra o coronavírus, estima que, se nenhuma ação de distanciamento fosse tomada, a pandemia poderia matar ao menos 40 milhões de pessoas em todo o globo, cerca de metade da cifra total da Segunda Guerra Mundial.
Ao contrário do que alguns líderes mundiais pregam, como o ditador do Turcomenistão, Gurbanguly Berdimuhamedow, que proibiu o uso pela imprensa da palavra “coronavírus”, e o presidentesda Bielorussia, Alexander Lukashenko, que disse que a vodca e sauna afugentam o vírus, as leis de isolamento social se tornam cada vez mais comuns.
A Itália, o país mais afetado em número de mortes, estendeu a quarentena até o início de maio. Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, que foi o primeiro líder mundial a contrair a Covid-19, voltou atrás na ideia da quarentena vertical e agora pede aos cidadãos que continuem em casa.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro chegou a classificar a pandemia como uma “histeria” e desencorajou o fechamento do comércio para proteger a economia e os empregos. Em um discurso na noite de terça-feira 31 sobre o tema, contudo, o líder moderou seu discurso.
Na Índia, o primeiro-ministro, Narendra Modi, decretou quarentena por 21 dias para a população de 1,3 bilhão de habitantes, e sua equipe econômica apresentou um pacote no valor de 22 bilhões de dólares em distribuição de renda e alimentos para os necessitados.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump recusou de sua ideia de reabertura econômica até a Páscoa e apresentou um plano de alívio à economia no valor de 2 trilhões de dólares, enquanto a maior parte dos estados se encontra sob quarentena. Em solo americano é onde há o maior número de casos no mundo: 258.214 infectados e 6.605 mortes. “Eu quero que cada americano esteja preparado para os duros dias que estão a nossa frente”, afirmou Trump na quarta-feira 1.
No total, a pandemia de Covid-19 atingiu 180 dos 195 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), infectando 1.066.706 pessoas e matando 56.767, segundo a Johns Hopkins University. No Brasil, são 8.230 casos e 343 mortes.